Crossover chega ao Brasil com visual futurista e motor 1.6 turbo de 165 cv
Até parece uma espaçonave, mas é mais um integrante da linha DS, da
Citroën, que acaba de chegar ao Brasil. O DS5, maior membro da família, é
o segundo a desembarcar por aqui — primeiro veio o compacto DS3. O DS4,
intermediário, começa a ser vendido em março. O crossover chega às
concessionárias nesta semana por R$ 124.900, equipado com o polivalente
motor 1.6 THP, feito em parceria com a BMW. O modelo aposta no espaço
interno e no visual exótico para conquistar quem procura algo “além” do
conceito premium.
E a palavra “além” foi repetida por todos os executivos da Citroën
durante a apresentação do DS5. “É um carro para quem quer algo além do
premium, do esportivo. É um conceito ousado, com acabamento de luxo e
linhas diferentes de tudo que estamos acostumados”, explica o diretor
geral da Citroën do Brasil, Francesco Abbruzzesi. Isso porque o modelo
fabricado em Sochaux, na França, é um crossover, palavra que muitas
vezes é associada aos jipinhos, mas define um carro que mescla
categorias distintas de automóveis. Nesse caso, o DS5 é um mix de cupê
com perua e, porque não, um hatch.
Com 4,52 m de comprimento e 1,82 m de largura, o DS5 impõe respeito por
onde passa, e chama atenção pela linha de cintura alta e os detalhes
cromados. O principal deles liga os faróis às colunas dianteiras, em
formato de espada. “Ele define todo o refinamento que demos a este
carro”, explica Fabien Darchen, responsável pelo estilo da Citroën do
Brasil. Vale destacar também o vidro espia traseiro, feito de
policarbonato. “Tem uma forma tão arrojada que seria impossível fazer a
peça com vidro”, orgulha-se o chefe de produto da Citroën, Jeremie
Martinez.
Por dentro, o modelo segue o refinamento tanto nas linhas, como no
acabamento. Ele traz bancos com desenho especial, simulando grandes
tranças, além de apliques de alumínio nos puxadores de porta e painel.
“É um couro que você só encontra em Mercedes Classe E e Maserati,
extremamente refinado. Também não temos apliques, aqui tudo é real, como
os puxadores de alumínio. Isso agrega valor ao carro”, diz Darchen.
Autoesporte dirigiu o modelo por cerca de 100 km e
pôde comprovar o comportamento do DS5, que está mais para um sedã do que
para um cupê esportivo. A posição de dirigir é relativamente alta e
traz a sensação de se impor em meio ao trânsito. O console alto também
envolve motorista e passageiro, que contam com ar-condicionado de duas
zonas. Os bancos dianteiros oferecem regulagem elétrica e massagem. O
sistema de multimídia traz navegador por GPS e combina com o moderno
display elevado na direção do vidro.
Embora mantenha o mesmo motor 1.6 turbo do pequeno DS3, o DS5 não
apresenta uma condução esportiva, sobretudo pelo peso de sedã grande:
1.480 kg. O que não significa que o desempenho seja fraco nas ruas e
estradas. Lembra o desempenho de um sedã 2.0. O câmbio automático de
seis marchas tem trocas rápidas, mas às vezes causa trancos nos
ocupantes. As trocas podem ser feitas pela manopla do câmbio - não há
borboletas.
A suspensão firme privilegia o conforto. As rodas aro 18 (opcionais) da
versão avaliada garantem boa estabilidade. A versão básica terá rodas
de aro 17 e pneus 225/50. Nem mesmo quem viaja no banco de trás pode
reclamar, já que há bom espaço para a cabeça, mesmo com o teto baixo de
cupê. Isso porque os bancos também são baixos. Por fim, vale perder
alguns minutos admirando o teto solar panorâmico - um para os ocupantes
da frente, outro para quem viaja atrás.
De tão diferente, fica difícil elencar os concorrentes do DS5. “Podemos
pegar desde o dono de um Hyundai Sonata até o de um Audi A3”, acredita
Francesco Abbruzzesi. Apesar do dedenho exótico, o modelo será oferecido
apenas nos "manjados" tons cinza, preto e branco. A expectativa da
Citroën é vender 500 unidades por ano. A única certeza por enquanto é
que, de tão arrojado, certamente o DS5 não é desse mundo.
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