Enquanto na zona leste a chegada do monotrilho parece ser encarada
com otimismo, na zona sul a construção da linha 17-Ouro do metrô causa
preocupação entre os proprietários de unidades nobres à beira da Avenida
Jornalista Roberto Marinho.
As obras da primeira fase do projeto – que ligará a estação Morumbi
da linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM) ao aeroporto de Congonhas – foram iniciadas em 29 de março e têm
previsão de término em 2014.
De acordo com um corretor que não quis se identificar, proprietários
de unidades até o terceiro pavimento dos prédios aos poucos tentam
repassar os imóveis, com medo de que a via elevada a metros das janelas
desvalorize os bens. As pilastras de sustentação do monotrilho terão, em
média, 15 metros de altura.
“Muita gente, à boca miúda, está saindo dos imóveis ou se mudando
para o mesmo prédio, mais para cima”, explica. Os mesmo não ocorre nas
áreas próximas à avenida, segundo o profissional: “Lá vai até
valorizar”.
De acordo com a gerente da The Place Imóveis, Martha Beatriz Salles, o
temor da depreciação ainda não se converte em uma tendência de vendas e
pode ser revertido no futuro. “Conhecemos muito pouco o assunto”, diz.
Ainda não há na região uma trilha de pilastras, como ocorre na Vila
Prudente, na zona leste.
A corretora Miriam Menin, da Borges Imóveis, explica que outros
proprietários da região do Brooklin ainda seguem cautelosos, ávidos por
aproveitar da melhor forma as oportunidades. “Uma pessoa com a qual
conversei esses dias disse que não queria vender o imóvel para ver se
conseguia futuramente vender para incorporação ou alugar para o
comércio”, conta.
O processo de valorização deve ocorrer, segundo ela, também pela
chegada do metrô nas proximidades da Avenida Santo Amaro. Atualmente em
construção, a linha 5-Lilás passará pela região antes de seguir para a
estação Chácará Klabin, interligando-se com a linha 2-Verde do metrô.
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