Cada vez mais pessoas estão gastando mais tempo no interior dos
automóveis. Simultaneamente, crescem as despesas com seguros de saúde,
cuidados físicos em academias, treinadores particulares e atividades de
promoção do bem-estar -- serviços fundamentais na vida moderna. Os
fabricantes despertaram para o fato de que o ambiente interno dos carros
e até caminhões faz parte desse sentimento positivo, que leva os
motoristas não só a guiar com mais segurança, mas também se sentir
relaxados e menos cansados ao fim de sua jornada diária ao volante.
Esse conjunto de recursos, quando bem estudados e aplicados, forma o
que se chama de segurança preventiva, uma iniciativa que passou a ser
bastante desenvolvida nos últimos anos. Inclui programas de exercícios
estudados para quem passa horas ao volante e precisa manter a boa forma
para atender as demandas diárias em base sustentável.
Criou-se o termo "conforto ativo" que marcas, como a Mercedes-Benz, vêm
cuidando com crescente interesse. Parceiro externo nessa missão, o
professor doutor Dietrich Grönemeyer destaca: "Alguém que se sinta
relaxado ao volante e disponha de tecnologias inovativas, tem grande
chance de tomar decisões corretas em situações de risco. Estresse do
motorista também responde por dores nas costas, um mal em vários países,
que atinge da mesma forma até os jovens."
O bem-estar nos veículos é alcançado por meios passivos e ativos.
Medidas de movimentação na espinha dorsal, por exemplo, indicam a tensão
nas costas do motorista. Nesse caso, especial atenção deve ser dada aos
ajustes do banco e até a sua forração. Um bom banco pode permitir, em
pausa para descanso (como, por exemplo, em paradas de motoristas
profissionais), aquela soneca reparadora de 20 minutos. Especialistas em
sono confirmam a melhora substancial na concentração, no tempo de
reação e no desempenho geral ao dirigir.
O conforto energizante, digamos, deriva de uma combinação de fatores. O
habitáculo, por exemplo, deve prover espaço para pessoas de diferentes
estaturas. Volante e banco precisam se adaptar a necessidades
individuais. Boa suspensão e isolamento acústico do motor colocam ruídos
e vibrações de fora. Ar-condicionado deixa o motorista de "cabeça
fresca", no bom sentido.
Em carros mais caros há outras soluções: controle por voz de
interruptores e comandos; assistência para visão noturna; sistema de
iluminação inteligente para acompanhar o volante em curvas, além de
manter profundidade e intensidade variáveis do facho dos faróis;
velocidade de cruzeiro adaptativa de forma automática; sensores de
chuva, iluminação e estacionamento. Numerosas tarefas rotineiras, que
antes só cabiam ao motorista lembrar ou comandar, agora são automáticas,
como o sensor de saída de faixa de rolagem sem acionamento de
sinalização que inclusive reconduz o carro à trajetória correta ao atuar
no volante.
Sistemas de detecção de sonolência e advertência (vibratória, auditiva e
visual) começam a cair de preço e já são de série até em carros
menores. Olfato não foi esquecido, desde materiais de acabamento e
forração, à fragrância do perfume de ambiente oferecida por marcas como a
Citroën. Sem contar a incrível qualidade dos sistemas de áudio
modernos.
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