quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Governo de SP inicia troca de agências de publicidade




 O governo do Estado de São Paulo começa a definir hoje quais serão as agências que deverão assumir a publicidade institucional do Palácio dos Bandeirantes a partir de 2013, ano crucial para as pretensões do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que deve tentar a reeleição.


Os contratos atualmente em vigor, assinados em abril de 2008, não poderão ser prorrogados porque há impedimento legal.
Ciete Silvério/Governo do Estado de São Paulo
O governador Geraldo Alckmin
O governador Geraldo Alckmin
Hoje, a conta do Estado é dividida entre três agências: a Adag, a Contexto e a Lua Branca.
Detentora da maior fatia da publicidade oficial do Estado, a Lua Branca é ligada ao jornalista Luiz Gonzales, o marqueteiro das campanhas do PSDB que foi derrotado no embate com o PT pela Prefeitura de São Paulo neste ano.
As agências de publicidade que têm interesse em trabalhar para o Estado nos próximos anos têm até hoje para apresentar proposta na licitação.
O governo vai fechar com três empresas novamente, com contratos de seis meses prorrogáveis pelos 60 meses seguintes. O valor estimado dos tês contratos totaliza R$ 90 milhões.
Criticada nos bastidores do PSDB, a publicidade do governo Alckmin ganhou fôlego neste ano. Até anteontem, o governo havia empenhado (reservado no Orçamento) R$ 97,5 milhões em gastos com esses contratos, ante R$ 81 milhões durante todo o ano passado.
O valor fica abaixo da gestão anterior, do também tucano José Serra, que empenhou R$ 126 milhões em 2010 e pagou R$ 100 milhões.
Na campanha deste ano, Serra dizia que o partido não vinha conseguindo explorar seus projetos bem sucedidos.
Segundo a Subsecretaria de Comunicação do Estado, órgão vinculado à Casa Civil, o valor da publicidade no próximo ano ainda não está fechado.
Em relação a 2012, o orçamento da pasta saltou 8%, para R$ 108 milhões.
VITRINES
A licitação das agências de publicidade também lista os "objetivos estratégicos" do governo para o próximo período. São os projetos que o governo considera prioritários e, ao que tudo indica, deverão ser as principais vitrines do governador em sua campanha pela reeleição.
Um dos setores mais citados é de transportes, que deve receber R$ 45 bilhões até 2015. São citadas iniciativas para o metrô, trens,o trecho norte do Rodoanel e corredores de ônibus na Grande São Paulo.
Outro evento ligado ao transporte que o governo informa que planeja propagandear é a possível queda nas tarifas de pedágio, alvo constante de ataques por parte de oposicionistas.
Para para conseguir explorar esse assunto, porém, é preciso viabilizar um sistema de cobrança nas rodovias conforme o trecho percorrido pelos motoristas.
Para habitação, a licitação fala da meta de construir 150 mil moradias até o ano de 2015 para famílias que têm renda mensal de até cinco salários mínimos.
Na área de segurança pública, o documento, elaborado antes da atual crise, só cita a contratação de policiais, o fim de carceragens em delegacias e novas prisões. 

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