Ferramenta é a principal fonte de receita do buscador
Seja para vender um imóvel, divulgar um serviço ou ancorar uma grande
campanha de publicidade, o Adwords, plataforma que gerencia, entre
outros, os links patrocinados do Google, serve desde grandes anunciantes
a pequenos empresários. A plataforma é a principal fonte de receita do
Google, que registrou faturamento bruto de US$ 37,095 bilhões no ano
passado, segundo o balanço financeiro da companhia divulgado em janeiro.
Grandes marcas no Brasil, como Netshoes, têm seus esforços de
publicidade centrados no mecanismo de links patrocinados, mas
prestadores de serviços independentes, como taxistas e pintores, também
utilizam a ferramenta, aponta a empresa. O Adwords permite a criação de
anúncios por meio de palavras-chave, compradas em um “Leilão de
Cliques”. Esse leilão combina o preço máximo que o anunciante deseja
pagar para exibir uma oferta com a qualidade desse anúncio, atribuída
pelo Google com base em uma série de fatores. O cálculo desses dois
elementos gera um índice, que determina a relevância da oferta online —
nem sempre quem paga mais consegue emplacar sua oferta no primeiro
resultado, garante a empresa.
“Cada clique em um link patrocinado funciona como um voto do usuário,
que ajuda o Google a classificá-lo como mais ou menos relevante”,
explica Igor Lima, gerente de indústria no Google Brasil. De acordo com
ele, resultados assim é que determinam o ranking dos anúncios no site de
buscas.
As campanhas podem ser segmentadas de acordo com a verba do
anunciante, com a região onde ele deseja exibir sua oferta, o horário em
que o anúncio será colocado no ar e o orçamento diário da ação
publicitária. O custo é por clique e o comprador só paga quando um
usuário de fato clica na oferta.
O consumidor mudou
Segundo o Google, nos 14 anos de operação da empresa, a atividade de
busca vem se transformando e o anunciante precisa estar ciente dessas
mudanças. “Ela está mais localizada, mais social e também mais visual”,
diz Lima. O crescimento de smartphones também tem alterado o processo de
pesquisar produtos e serviços.
O país possui hoje 27 milhões de smartphones e 80% dos usuários de
aparelhos inteligentes fazem buscas utilizando o celular, segundo
números da empresa. O volume de pesquisas mobile já é o equivalente a
10% do total registrado pelo Google no Brasil e a tendência é que a
busca mobile ultrapasse as realizadas pelo desktop.
O consumidor também mudou. Levantamento da empresa intitulado “The
Consumer Barometer”, feito em parceria com a TNS, mostra que 42% da
população brasileira está conectada, o equivalente a 84 milhões de
pessoas.
Os principais setores pesquisados pelos internautas brasileiros
são turismo e eletroeletrônicos. Em turismo, as principais categorias de
produtos buscadas são pacotes de viagem (56%), opções de viagens de
avião (52%) e estadias de hotel (36%). Eletroeletrônicos vem em seguida
com aparelhos de áudio (44%), câmeras fotográficas (32%) e hardware para
computadores (31%).
Com mais pessoas no ambiente online, o comércio eletrônico tem
registrado crescimento. Segundo o estudo, no ano passado, o e-commerce
no Brasil atingiu R$ 18,7 bilhões em faturamento, receita 26% maior que a
alcançada em 2010.
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