E-commerce lança site Dafiti Sports e passa a concorrer diretamente com a principal loja virtual do setor, a Netshoes. Objetivo é oferecer produtos segmentados e dicas
Considerada por especialistas como um case de sucesso no
e-commerce, a Dafiti investe agora no segmento de artigos esportivos com
o site Dafiti Sports. Colocado no ar há cerca de um mês, o novo negócio
passa a concorrer diretamente com um dos principais players deste mercado, a Netshoes.
Com pouco mais de um ano e meio de operação no Brasil e 30 milhões de
visitas mensais, a Dafiti vem expandindo rapidamente as categorias de
produtos oferecidas aos seus consumidores. O varejista eletrônico
começou comercializando apenas calçados femininos e já dispõe de um
portfólio composto por roupas, acessórios, artigos de beleza, cama e
mesa e esporte.
Recentemente a empresa já havia decidido investir pesado nos artigos
esportivos em linhas orientadas para práticas específicas e, para isso,
lançou o Dafiti Sports. A loja virtual oferece os produtos de forma
segmentada, assim como a principal concorrente, com itens voltados para
desde artes
marciais e surf até o popular futebol. “Nós já tínhamos a categoria
esportiva, mas, desde o início, era nosso desejo aprofundar o portfólio
nesse setor com produtos mais orientados para esta categoria”, explica
Malte Huffmann, Sócio-diretor de Marketing da Dafiti, em entrevista ao
Mundo do Marketing.
Dicas esportivas
O objetivo a partir de agora é fazer crescer ainda mais esse segmento
seguindo a linha de dicas que já são oferecidas pela loja virtual. Hoje
os consumidores podem consultar opções completas de looks para tirar
dúvidas antes da compra. A ideia é que o Dafiti Sports ofereça também
dicas relacionadas a esportes, criando um ambiente focado. Apesar de não divulgar números, a empresa afirma que as vendas já superaram as expectativas iniciais.
A entrada da Dafiti no segmento esportivo é vista de forma positiva
pelos especialistas. “Esse lançamento é importante e vai alavancar ainda
mais o setor. A tendência é que as pessoas que já tiveram uma
experiência positiva de compra no site da Dafiti também estejam
propensas a adquirir produtos na Dafiti Sports”, comenta Fábio Módulo,
especialista em e-commerce e CEO da Kanui Artigos Esportivos, ao Portal.
Aporte financeiro
Ainda dentro da sua estratégia de crescimento, a empresa anunciou nessa
semana o aporte financeiro do J.P. Morgan Group, que comprou uma fatia
minoritária não revelada da Dafiti por US$ 45 milhões. O valor será
utilizado principalmente para investir na variedade do portfólio de
produtos, otimização dos processos logísticos e na ampliação da operação
nos países onde a marca passou a operar este ano: Argentina, Chile e
Colômbia.
Um dos principais focos de investimento é a comunicação. “Continuaremos
investindo também no Marketing online, que é nosso forte desde o
início, mas sem deixar de lado algumas ações que fazemos no offline e na
TV, que para nós deu muito certo. Essa é uma mídia importante para a
Dafiti, que quer estar presente em outros canais para atingir diferentes
públicos”, completa Malte Huffmann.
O objetivo é continuar lançando diferentes categorias de produtos. No
próximo mês a Dafiti cria uma nova loja virtual, ainda sem anunciar o
segmento de atuação, mas o mercado especula que seja na área de móveis. A
empresa não comenta. “Esse aporte financeiro é a confirmação da
tendência de grupos fazerem investimentos em e-commerces grandes.
Recentemente, a Rocket Internet, grupo da qual a Dafiti faz parte,
anunciou um investimento de 300 milhões de Euros em todo o Grupo. Isso
mostra que a internet deixou de ser um projeto”, diz Fábio Módulo.
Com mais de 3,6 milhões de visitantes únicos no ano passado, 400 marcas
diferentes e um portfólio composto por 25 mil produtos à venda, a
Dafiti já é a maior varejista online de moda e acessórios do país. A
loja é baseada em modelos de sucesso internacionais, como a Zappos.
Antes de trazer o negócio para o Brasil, os responsáveis pela loja
online fizeram diferentes pesquisas. Uma delas apontou que o mercado de
sapatos no Brasil movimentava pelo menos R$ 70 bilhões ao ano.
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