Perua está com pedidos suspensos por tempo indeterminado
Rumores na internet apontam para o fim da produção da Parati.
A última unidade teria saído da linha de montagem em junho. Nas
concessionárias, porém, as informações são controversas. Ao perguntar o
preço do carro, é comum ouvir "ih, a Parati já saiu de
linha!" ou "não vende mais. A fábrica não produz faz um mês!". Há quem
garanta que o fornecimento para frotistas, e só para eles, segue normal.
Mas um informe enviado pela VW para as autorizadas comunica que as
revendas não devem aceitar mais nenhum pedido do carro. Veja o que Autoesporte apurou.
Na
capital paulista, os lojistas dizem que não há estoque nem para atender
frotistas - foco principal do modelo. "Nós só recebíamos sob
encomenda", afirma um. "Nos últimos tempos, o carro estava com até 20%
de desconto. Mas a montadora pedia 120 dias para produzir e entregar.
Talvez você encontre alguma coisa no interior", comenta outro.
Seguindo a recomendação do vendedor, procuramos duas lojas em
Ribeirão Preto. Na primeira, recebemos a informação de que o carro ainda
é vendido para pessoa jurídica e que não deixou de ser produzido. O
vendedor chega a dizer que conseguiria entregar as cinco unidades que
pedi em 30 dias. Na cor branca e com ar-condicionado (direção hidráulica
é de série, segundo o lojista), o modelo foi oferecido por R$ 33.400.
Na segunda revenda, a pessoa que nos atende fala que a VW já vinha desacelerando a produção e que a última notificação aponta o fim da montagem do carro.
Em Taubaté, no Vale do Paraíba (SP), o atendente apresenta outra
explicação. Ele diz que a revenda recebeu uma circular da VW dizendo que "devido à alta demanda, estava suspensa por tempo indeterminado a entrada de pedidos da Parati".
O memorando teria sido distribuído há um mês, em 14 de junho.
Justificativa similar foi apresentada pela concessionária de Feira de
Santana, na Bahia. No começo da ligação, o vendedor confirma que o
veículo só é oferecido para pessoa jurídica e emenda que "no momento" a
fábrica não está aceitando encomendas. "A redução do IPI fez com que a
procura aumentasse muito", diz. Ainda assim, dá o preço: a básica sai
por R$ 31.054.
Já em Curitiba, perguntamos se a VW ainda vende Parati.
"Vende e não vende. A fábrica não faz mais para deixar no pátio. Mas
sob encomenda posso conseguir", conta o lojista. Ele comenta que a Plus,
com ar, direção e trio elétrico, custa cerca de R$ 30 mil. Quando peço
para checar o valor, ele retorna ao telefone contando a montadora não
está mais aceitando pedidos. Insisto se é por tempo indeterminado. Ele
confirma.
Afinal, como fica?
Através da assessoria de imprensa, a montadora nega
o fim da produção. Diz que a perua ainda é feita e que não fala sobre
planos futuros. Embora não haja um posicionamento único das
concessionárias e a VW não detalhe o que fará com a Parati, é certo que sua produção, se de fato não parou, está em vias de. A montadora está prestes a lançar uma reestilização do Gol e do Voyage e no Salão do Automóvel deve apresentar o Gol G5 duas portas, que marcará o fim da linha para o G4. Sem o hatch, da mesma família da Parati, não há motivos para continuar a produção da perua.
No site da VW, a Parati
ainda aparece disponível nas versões 1.6 e Surf 1.6. A "station mais
jovem do país", como é anunciada pela montadora, tem preço a partir de
R$ 39.813 (1.6) e R$ 47.477 (Surf). A perua estreou no mercado em 1982
para ocupar o lugar da Brasília. A última geração foi lançada há sete
anos e, de lá para cá, a perua foi cada vez mais deixada de lado -
especialmente após a chegada da SpaceFox.
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