O governo do Estado de São Paulo
assinou nesta terça-feira, no Palácio dos Bandeirantes, a permissão para
que uma nova empresa explore o serviço de pedágio eletrônico nas
rodovias estaduais em regime de concessão - além do pagamento de
estacionamentos em shoppings. A ConectCar, empresa da Ipiranga e da
Odebrecht, deve começar a operar em fevereiro de 2013 e, além do
pagamento do pedágio, o usuário terá a opção de usar o chip para
abastecer com desconto de 3% nos postos da Ipiranga.
Inicialmente,
o plano oferecido será o de cargas de valores para o desconto nos
pórticos de pedágio e em abril será oferecido o plano pós-pago - de
desconto do valor gasto em conta corrente. No plano pré-pago, a taxa de
adesão é de R$ 30 e as cargas podem ser entre R$ 20 e R$ 150, com taxas
de recarga variando de R$ 2 a R$ 7,5.
Para o
governador Geraldo Alckmin (PSDB), o fortalecimento da concorrência na
cobrança eletrônica de pedágios favorece a implantação da cobrança por
quilômetro rodado, atualmente em vigor apenas nas rodovias SP-360
(Itatiba a Jundiaí) e na SP-75 (Indaiatuba a Campinas).
"Queremos
que todos caminhem para o pedágio eletrônico. Temos atualmente metade
dos veículos com o tag (chip de cobrança) instalado, queremos chegar a
100%", disse. Questionado sobre os custos da adesão à cobrança, Alckmin
disse que foram reduzidos desde o início, há dois anos, em mais de 67%,
dependendo do plano, e que o barateamento do serviço é "uma questão de
mercado".
Terceira empresa
A ConectCar é a
terceira empresa de pedágio eletrônico a ter o anúncio de sua futura
operação. Em setembro de 2011, a DBTrans S/A, empresa com sede no Rio de
Janeiro e atuação também no Rio Grande do Sul, recebeu da Agência
Reguladora dos Transportes em São Paulo (Artesp) autorização para
oferecer serviços de cobrança eletrônica de pedágio nas rodovias
paulistas. A previsão de início das operações era o final de 2011.
De
acordo com o governo de São Paulo, toda a preparação para o início da
cobrança com a DBTrans foi concluída e a autorização para operar no
Estado foi dada em junho deste ano. Falta assinar contrato com as
concessionárias do Grupo CCR (Autoban, SPVias, Renovias, Viaoeste e
Rodoanel). Após a assinatura deste contrato, a empresa pode passar a
operar em 15 dias. No entanto, o Sem Parar, até o momento única opção de
pagamento eletrônico, é uma empresa da CCR, que detém as concessões de
algumas das mais importantes rodovias concedidas pelo governo. Assinar o
contrato significaria criar concorrência.
O
governo do Estado nega que a CCR esteja dificultando intencionalmente o
processo e atribui a demora no processo a garantias bancárias para a
operação.
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