Com dimensões compactas, modelo custa R$ 30.990 e faz de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos
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- JAC J2
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Até o
momento, o J3 era o modelo de entrada da JAC Motors, pelo preço de R$
36.990. Esta configuração muda a partir deste mês com a chegada do
J2, oferecido por R$ 30.990. O carro tem dimensões compactas - 3,5 m de
comprimento, 1,6 m de largura, 1,5 m de altura e 2,4 m de entre-eixos -,
o que faz das suas proporções próximas às de um microcarro.
A
lista de equipamentos de série é farta: direção elétrica,
ar-condicionado, vidro elétrico nas quatro portas, freios ABS, airbag
duplo frontal, rádio com conectividade USB, ajuste elétrico dos
espelhos, entre outros. Além do pacote de itens de fábrica, a marca
apostou no motor 1.4 do J3 para equipar o J2, mas sua cilindrada real é
de 1.332 cc, o que o configura como 1.3 na realidade.O propulsor a
gasolina, emprestado do modelo maior, gera 108 cv de potência, o que faz
com que o pequeno carro acelere de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos e
atinja máxima de 187 km/h, o que é possível graças ao câmbio manual de
cinco velocidades, com as duas primeiras marchas curtas e as demais
alongadas.
Segundo
a JAC, cerca de 230 modificações foram realizadas no carro chinês para
rodar no mercado brasileiro, como por exemplo, o painel modificado,
assim como a calibragem da direção elétrica e o isolamento acústico. A
frente do J2 também é exclusiva do Brasil, uma vez que o motor 1.4
exigiu uma maior área de captação de de ar para a refrigeração.
Motor grande, carro pequeno: combinação divertida
Com
uma frente que parece estar sorrindo, o pequeno J2 cativa pelo desenho.
Mesmo as grandes lanternas traseiras caíram bem ao carro. O modelo
teria tudo para se dar bem em ambiente urbano: a direção é leve e a
pequena distância entre-eixos facilita manobras. Olhando-o por fora, não
se tem a impressão de que o J2 faça mais que isso. Virando a chave, no
entanto, o jogo muda.
O
modelo é arisco nas acelerações, o que é auxiliado pelo torque de 14,1
kgfm e pelo peso de 915 kg. O bloco 1.4 ronca forte quando o acelerador é
exigido e, com pouca massa para levar, o J2 muda de direção
rapidamente. É uma receita simples de diversão, algo próximo ao que o
Ford Ka Sport 1.6 faz. A 120 km/h, o JAC marca pouco mais de 3.000 rpm, o
que demostra que o carro tem fôlego para mais. O sistema de suspensão,
também recalibrado para o Brasil, conta com braçoes independentes na
traseira e conjuntos tipo McPherson na dianteira, o que faz com que o
modelo faça curvas sem rolar muito. O J2 sofre apenas em superfícies
irregulares, onde a pequena distância entre-eixos faz com o carro pule
muito. O volante, por sua vez, sente falta de um aro com pegada mais
firme.
O interior oferece
espaço para os ocupantes à frente, mas é justo para dois adultos atrás,
apesar de ser homologado para levar três passageiros no banco traseiro. O
acabamento interno é bom, com bancos confortáveis. Na cabine, alguns
detalhes poderiam ser repensados: a trava das portas não tem acionamento
central, a falta de tampa no porta-luvas, as saídas de ar
laterais provocam ruído e não fecham bem o fluxo de ar. Além disso, o
limpador do para-brisas é de braço único, além de não haver a peça no
vidro traseiro nem como opcional. O porta-malas leva apenas 121 litros e
ainda tem o acesso dificultado pelo formato das lanternas. O que sobra
ao J2 é um público que procura visual diferenciado e um pouco de
diversão ao volante sem grandes compromissos com o valor do carro.
Fábrica no Brasil
- o lançamento do J2 foi um dos eventos que marcou a inauguração da
pedra fundamental da fábrica da JAC Motors em Camaçari (BA). Além disso,
a marca enterrou uma unidade do J3 no terreno da planta com mensagens
escritas pelo público da edição 2012 do Salão do Automóvel de São Paulo.
O carro só sairá de lá em 2032. "Dúvido que que ele precise mais que
uma carga na bateria e gasolina para ligar" disse animado Sergio Habib,
presidente da JAC Motors Brasil. Ele só se esqueceu que foi nescessário
retirar o motor do carro e todos os fluidos para que não fosse causado
um dano ambiental. O J3, que virou uma cápsula do tempo, vai precisar de
um pouco mais que isso para, literalmente, sair do buraco.
O
anúncio de uma unidade produtiva no Brasil não é novo. Foi feito em
2011, mas só agora, com a definição do novo regime automotivo
brasileiro, que a marca confirmou o investimento de US$ 600 milhões na
planta baiana que será inaugurada em 2014. Além de empregar 3.500
funcionários diretos, a fábrica terá capacidade de produzir 100 mil
unidades por ano e contará com centros de pesquisa e desenvolvimento,
controle de emissões e design. An Jin, presidente da matriz chinesa da
JAC, que foi fundada em 1964, ficou feliz com a primeira unidade de
produção fora da China e declarou: "A partir de hoje, Camaçari será a
segunda casa da JAC".
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