Entidade realiza ciclo de palestras sobre novo tipo de compra de mídia
Com o avanço da tecnologia, novos e novos meios e
plataformas surgem, em especial no mundo digital. A tendência global
agora é a segmentação da veiculação e da mensagem especialmente para um
público-alvo cada vez mais definido, por intermédio das adnetworks e
adexchanges, que surgem como alternativa e complemento à negociação
tradicional de mídia.
Para educar e fomentar o mercado nesta perspectiva,
o IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau Brasil) realizou nesta
terça-feira (9) o IAB Mídia, tendo como mote justamente as perspectivas
de se atingir o target por meio da “cauda longa”, seguindo a teoria
estatística de Chris Anderson que propõe a personalização da mensagem
para um tipo cada vez mais específico de público. Com presença de
diversos players do mercado, incluindo agências, anunciantes, veículos e
redes de adnetworking e adexchange, o evento ensinou e discutiu, em tom
de especialização, esse novo nicho de mercado que deve seguir sua
tendência de desenvolvimento no Brasil.
A palestra de abertura do IAB Mídia foi de Eduardo
Muniz, diretor geral da Batanga Media, um dos conglomerados de
adnetworks, que deu um breve panorama e explicação do segmento. Em
seguida, Luiz Bosisio, diretor de contas da Millward Brown, e Alex
Banks, vice-presidente da ComScore na América Latina, reforçaram com
números da segmentação o papel da “cauda longa” para se atingir o
público certo e o resultado refletido desta ação.
Para discutir as técnicas e atribuições desse
modelo de compra de mídia, que inclui o RTB (real time bidding, uma
espécie de leilão ou mercado acionário de temas, tags e itens chave),
formaram a mesa de debate Marcos Cabrera, diretor de mídias digitais da
Ogilvy; Márcio Jorge, diretor de mídia da AgênciaClick Isobar; Leonardo
Naressi, sócio-fundador do Digital Inc e presidente do comitê de
Analytics do IAB Brasil; e Rodrigo Polacco, gerente de e-business da
Cyrela, além dos debatedores do painel anterior Luiz Bosisio e Alex
Bank. Em síntese, os palestrantes não chegaram a um modelo perfeito de
gestão de informação e compra de mídia, mas afirmaram que “quanto mais
dados e quanto mais testes fizer, melhor vai alinhar sua comunicação”.
Para encerrar o dia, Chris Kemp, channel partner
manager da Microsoft Advertising, Chip Hall, head of buyer development
do Google, e Edward Montes, ceo da Digilant, sob moderação de Warrison
Lacerda, ceo do Olhar Digital, deram um passo mais à frente e discutiram
as novas tecnologias e o avanço na compra de mídia, em que pese que as
redes de adnetworks são proibidas de trabalharem como bureau e fazer a
pré-compra de mídia. “Precisamos educar o mercado e mostrar que existe
algo além da compra tradicional de mídia”, afirma Edvaldo Acir, diretor
da Exponential no Brasil, presidente do comitê de adnetworks do IAB
Brasil e idealizador do evento. “Esse novo formato de comercialização de
mídia é uma tendência global. Incluindo também o real time bidding e o
remarketing. É uma compra mais inteligente para o anunciante e tem
mensuração imediata”, explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário