Adotar novas práticas e convertê-las em hábito requer uma preparação
cultural constante. É possível observar ao longo da história que o
sucesso de uma invenção começa quando existe uma necessidade por parte
da sociedade, que deve estar preparada para recebê-la. No entanto, o
historiador e sociólogo Lewis Mumford destaca que, entre 1700 e 1850, a
técnica se apoderou da imaginação: as máquinas e os objetos que a
sociedade produzia eram desejados rapidamente. De alguma maneira, o
sucesso não depende do objeto criado, mas sim da compreensão do seu uso,
quer dizer, a função que as pessoas encontram nele.
Estas crianças nasceram na era digital e crescem conhecendo as novas
invenções; são atraídas pelos desenvolvimentos tecnológicos e desejam
possuí-los. Ao interagir com seus jogos e brinquedos começam a
amadurecer e a se preparar para o futuro, muitas vezes sem nem se dar
conta disso.
Nos últimos anos, governos e empresas têm trabalhado em conjunto para
que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) sejam incorporadas
às salas de aula de forma adequada e efetiva. A televisão também
estimula a convergência nas telas. Canais infantis da TV a cabo, por
exemplo, recomendam que as crianças acessem suas páginas web para baixar
conteúdo lúdico.
O que muitas vezes esquecemos é que as crianças de hoje serão os
adultos de amanhã, motivo pelo qual devemos trabalhar e incentivar os
valores que desejamos que perdurem ao longo do tempo. O fato é que os
pais e as diferentes instituições – sejam elas públicas ou privadas –
precisam saber acompanhar o crescimento e a evolução desta nova geração.
O apoio dos adultos e de toda a cadeia educacional é fundamental para
que os jovens façam bom uso das novas tecnologias e possam aplicá-las em
seu benefício e da sociedade. No final de tudo, o que vale mesmo é
incentivar e apoiar os interesses destas crianças, para que no futuro,
seus sonhos se tornem realidade.
Por Rubem Saldanha, Gerente de Educação da Intel Brasil.
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