O governo regulamentou o microsseguro, um novo tipo de produto destinado
à baixa renda. Ele poderá ser encontrado até em bancas de jornal, como
os chips e cartões telefônicos.
As medidas foram publicadas no "Diário Oficial da União" na semana
passada e a expectativa é que as primeiras apólices cheguem ao mercado
em três meses.
Já existem seguros populares na praça, com preços baixos, mas não há uma
regulamentação específica para eles. As novas regras foram baixadas
para torná-los mais simples e com formato voltado para o consumidor de
baixo poder aquisitivo.
De acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados), as
apólices poderão ser vendidas em bilhetes -as convencionais são
contratos mais complicados- e devem ter uma cobertura fácil de entender e
padronizada para um mesmo tipo de seguro, independentemente da empresa.
Assim, será possível comparar os preços.
Há mais de vinte categorias de microsseguros, como vida e residência. O
valor da indenização dependerá da categoria e poderá chegar a, no
máximo, R$ 60 mil.
O de vida, por exemplo, pagará até R$ 24 mil. A vigência mínima das coberturas será de um mês.
A nova regulamentação também facilita o acesso. Os seguros tradicionais
são vendidos por bancos, seguradoras ou por corretores independentes.
Os microsseguros serão vendidos em correspondentes bancários, como
lotéricas e Correios, e em estabelecimentos comerciais, como
supermercados, drogarias e bancas de jornal.
A regulamentação cria ainda uma nova profissão, a de corretor de
microsseguros. Ele terá uma habilitação após aprovação em um curso.
"Serão pessoas da comunidade, que têm a confiança dessas pessoas", diz
Eugênio Velasques, diretor-executivo do grupo Bradesco Seguros e
presidente da comissão de microsseguros da CNseg (Confederação Nacional
das Seguradoras).
Editoria de Arte/Folhapress | ||
"A capilaridade e acessibilidade vão ser importantes. Não vou imaginar
que uma pessoa vai sair de Paraisópolis para comprar seguros na avenida
Paulista. O corretor vai ter de estar lá."
Os microsseguros também poderão ser vendidos por meios remotos, como telefones celulares e internet.
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