Em outubro, foram lançados 2.359 unidades, recuo de 38% ante setembro e menos 26,9% em relação ao mesmo mês do ano passado
SÃO PAULO - As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São
Paulo totalizaram 1.972 unidades em outubro, queda de 46,3% ante
setembro e de 2,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. As vendas
acumuladas entre janeiro e outubro chegaram a 21.176, número 3,3% abaixo
do registrado no mesmo período de 2011. A pesquisa foi divulgada na
manhã desta segunda-feira pelo Sindicato da Habitação de São Paulo
(Secovi-SP).
Os lançamentos, por sua vez, apresentaram queda mais acentuada na
comparação com 2011. Em outubro, foram lançados 2.359 unidades, recuo de
38% ante setembro e menos 26,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.
No acumulado dos primeiros dez meses de 2012, foram lançados 26.551
imóveis, 29,0% menos que no mesmo período de 2011.
A velocidade das vendas (total de unidades vendidas dentre o total
disponível) nos últimos 12 meses até outubro foi de 60,9%, indicando que
a comercialização de imóveis neste ano está mais lenta que na mesma
época de 2011, quando atingiu 62,6%.
Apesar do desaquecimento do mercado imobiliário, o Secovi-SP aponta
sinais de melhora, entre os quais a velocidade de vendas de outubro
acima da média de 2012, de 60,5%. Além disso, outubro foi o segundo mês
com maior volume de lançamentos, perdendo apenas para setembro, que
atingiu 3.805 unidades.
O Secovi-SP explica que a redução das atividades econômicas ao redor
do mundo contribuiu para a timidez na desenvoltura da economia
brasileira e, consequentemente, do mercado imobiliário neste ano. Além
disso, outros fatores devem ser levados em conta na análise dos
resultados, segundo avaliação do presidente do sindicato, Cláudio
Bernardes. "Os custos financeiros resultantes da demora na aprovação (de
novos projetos) e as contrapartidas exigidas pelos licenciadores vêm
contribuindo para reduzir a produção de novos empreendimentos, encarecer
o custo do terreno e elevar o preço dos imóveis", afirmou, em nota.
Em relação ao pacote de incentivos para o setor de construção civil
anunciados na semana passada pelo governo federal, o Secovi-SP
considerou positivas para o setor a redução da alíquota do Regime
Especial de Tributação (RET) de 6% para 4%, o aumento no limite do "RET
social" para aplicação da alíquota de 1% de valor máximo do imóvel de R$
85 mil para R$ 100 mil, e o capital de giro da Caixa Econômica Federal
para micro, pequenas e médias empresas da construção civil. "Essas
medidas poderão contribuir para a retomada do crescimento sustentável do
setor", acrescentou em nota Celso Petrucci, economista-chefe do
sindicato. Já sobre a desoneração sobre a folha de pagamentos, o
Secovi-SP disse que ainda requer melhor conhecimento da regulamentação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário