Hyundai aproveita a boa imagem que tem no Brasil e já emplaca o compacto HB20 entre os 10 mais
Aproveitar uma oportunidade é essencial
em qualquer negócio. E a Hyundai é um bom exemplo disso. Depois de anos
observando seus carros sendo importados e comercializados sob a batuta
do Grupo CAOA, a fabricante sul-coreana resolveu entrar no mercado
brasileiro de vez com o compacto HB20. E fez isso explorando exatamente o
alto prestígio que tem aqui. Ao ver que tinha espaço para valorizar seu
design, buscou o i20, compacto vendido na Europa, e deu uma
“recauchutada” nele. Melhorou o desenho e incrementou um boa lista de
equipamentos. E já conseguiu resultado com a estratégia. Em novembro, o
HB20 foi o nono carro mais vendido do Brasil, à frente de “medalhões”
como o Chevrolet Classic e Ford Fiesta.
Em outubro, o primeiro mês de vendas, o HB20 acumulou 3.300 unidades vendidas. No mês seguinte, contudo, o aumento foi expressivo. Foram vendidas 8.077 exemplares, superando até a expectativa inicial da marca. A ideia era vender até o fim do ano 26 mil veículos. Entretanto, no meio de novembro já haviam 50 mil pedidos feitos e faturados, segundo a própria Hyundai. A diferença de 24 mil carros é quase a produção de dois meses da nova fábrica de Piracicaba. A demanda é tão grande que os coreanos anteciparam a criação de um segundo turno de trabalho e já pensam até na expansão da capacidade produtiva da unidade piracicabana.
Em outubro, o primeiro mês de vendas, o HB20 acumulou 3.300 unidades vendidas. No mês seguinte, contudo, o aumento foi expressivo. Foram vendidas 8.077 exemplares, superando até a expectativa inicial da marca. A ideia era vender até o fim do ano 26 mil veículos. Entretanto, no meio de novembro já haviam 50 mil pedidos feitos e faturados, segundo a própria Hyundai. A diferença de 24 mil carros é quase a produção de dois meses da nova fábrica de Piracicaba. A demanda é tão grande que os coreanos anteciparam a criação de um segundo turno de trabalho e já pensam até na expansão da capacidade produtiva da unidade piracicabana.
E isso foi alcançado até com uma certa
confusão nas revendas. Junto com o lançamento do carro foram inauguradas
120 concessionárias, que não vendem os carros importados da Hyundai nem
os montados na fábrica do Grupo CAOA em Anápolis – comercializam apenas
o HB20. Muita gente ficou perdida ao procurar o compacto nas lojas já
conhecidas da fabricante e não achar.
Uma das principais razões para sucesso instantâneo do HB20 é exatamente o seu design. Ele utiliza a mesma identidade visual dos outros modelos da marca, com a chamada “escultura fluida”. Parece uma espécie de miniatura da nova geração do i30 ou do Elantra. A Hyundai também apostou em um conjunto moderno no compacto. A plataforma é nova e será usada na próxima geração do i20, compacto que a Hyundai vende na Europa, mas que tem aspecto mais básico que o HB20. Ela permite que o hatch tenha 3,90 metros de comprimento, 1,68 m de altura, 1,47 m de altura e 2,50 m de distância entre-eixos.
Na parte mecânica, a fabricante usou motores que já são conhecidos no Brasil, em carros da Kia, que é parceira da Hyundai. O de entrada é o 1.0 de três cilindros usado também pelo Picanto, com 80 cv e 10,2 kgfm. A estrela da companhia, no entanto, é o 1.6 da família Gamma. No Brasil, ele é usado no Soul e Cerato e até no Hyundai Veloster. Por causa do baixo peso, o hatch da Hyundai fica com comportamento quase esportivo com o propulsor. Os 128 cv e 16,5 kgfm – sempre com etanol – levam os pouco mais de mil quilos do HB a 100 km/h em 9,3 segundos e a uma velocidade máxima de 188 km/h. O câmbio pode ser manual de cinco marchas ou automático de quatro.
Nos equipamentos e na tabela de preços, a Hyundai foi bem menos ousada. Por mais que o HB20 seja um carro bem equipado, não foge do que é oferecido no segmento. Na versão de entrada, que custa R$ 31.995. Itens como ar-condicionado, direção hidráulica e airbag duplo são de série. Lista interessante, mas nada extraordinário. A gama vai crescendo até chegar na topo de linha, batizada com a desgastada alcunha “Premium”. Ela traz alguns elementos a mais como volante com revestimento de couro, sensor de estacionamento e rodas de liga leve de 15 polegadas – e leva o preço a R$ 44.995. Os concorrentes ficam todos na faixa dos R$ 40 mil, R$ 42 mil quando igualmente equipados. O que mostra mais uma vez a importância de aproveitar a oportunidade por parte da Hyundai. As filas de espera nas concessionárias são o resultado disso.
Uma das principais razões para sucesso instantâneo do HB20 é exatamente o seu design. Ele utiliza a mesma identidade visual dos outros modelos da marca, com a chamada “escultura fluida”. Parece uma espécie de miniatura da nova geração do i30 ou do Elantra. A Hyundai também apostou em um conjunto moderno no compacto. A plataforma é nova e será usada na próxima geração do i20, compacto que a Hyundai vende na Europa, mas que tem aspecto mais básico que o HB20. Ela permite que o hatch tenha 3,90 metros de comprimento, 1,68 m de altura, 1,47 m de altura e 2,50 m de distância entre-eixos.
Na parte mecânica, a fabricante usou motores que já são conhecidos no Brasil, em carros da Kia, que é parceira da Hyundai. O de entrada é o 1.0 de três cilindros usado também pelo Picanto, com 80 cv e 10,2 kgfm. A estrela da companhia, no entanto, é o 1.6 da família Gamma. No Brasil, ele é usado no Soul e Cerato e até no Hyundai Veloster. Por causa do baixo peso, o hatch da Hyundai fica com comportamento quase esportivo com o propulsor. Os 128 cv e 16,5 kgfm – sempre com etanol – levam os pouco mais de mil quilos do HB a 100 km/h em 9,3 segundos e a uma velocidade máxima de 188 km/h. O câmbio pode ser manual de cinco marchas ou automático de quatro.
Nos equipamentos e na tabela de preços, a Hyundai foi bem menos ousada. Por mais que o HB20 seja um carro bem equipado, não foge do que é oferecido no segmento. Na versão de entrada, que custa R$ 31.995. Itens como ar-condicionado, direção hidráulica e airbag duplo são de série. Lista interessante, mas nada extraordinário. A gama vai crescendo até chegar na topo de linha, batizada com a desgastada alcunha “Premium”. Ela traz alguns elementos a mais como volante com revestimento de couro, sensor de estacionamento e rodas de liga leve de 15 polegadas – e leva o preço a R$ 44.995. Os concorrentes ficam todos na faixa dos R$ 40 mil, R$ 42 mil quando igualmente equipados. O que mostra mais uma vez a importância de aproveitar a oportunidade por parte da Hyundai. As filas de espera nas concessionárias são o resultado disso.
Ponto a ponto
Desempenho – A razão
que faz do HB20 Premium um hatch com desempenho praticamente esportivo é
simples: a boa relação peso/potência. Com 128 cv e 1.027 kg, o Hyundai
tem 8,02 kg/cv – superior a um Peugeot 408 THP e seu motor turbo. O
motor de 1.6 litro dá e sobra para o mover o compacto. Basta pisar fundo
que o hatch responde. A única parte que depõe contra é o desempenho
entre 2 mil e 2.500 giros, quando o propulsor é ligeiramente
“preguiçoso”. Mesmo assim, o zero a 100 km/h é feito em 9,3 segundos.
Nota 9.
Estabilidade – O HB20 é um carro “durinho”. Isso deixa o modelo bem equilibrado nas curvas e dos mais agradáveis de se guiar. Os pneus 185/60 vestidos em rodas de 15 polegadas dão boa aderência para o compacto, mas deixam o carro flutuar ligeiramente acima dos 120 km/h. A direção hidráulica é precisa, e transmite exatamente o que está se passando com as rodas dianteiras. Nota 8.
Interatividade – O convívio diário com o HB20 é descomplicado. O painel de instrumentos tem visuallização correta, o volante tem boa empunhadura e os bancos são confortáveis. Achar a posição de dirigir também é simples graças aos ajustes de altura e profundidade da coluna de direção e do assento do motorista – ressalva para a pouco prática rodela que comanda a inclinação do assento. O câmbio tem excelentes engates, precisos e justos. Entre os pontos negativos, estão o botão do computador de bordo, “esquecido” no meio do painel, e o rádio demasiadamente simples para o preço do carro. Nota 7.
Consumo – O InMetro informa média de 11,6 km/l de gasolina na cidade e 12,7 km/l na estrada. Com etanol, a conta cai para 7,6 km/l no uso urbano e 8,7 km/l nas rodovias. Nota 8.
Conforto – Como todos
os compactos, o HB20 foi feito para levar quatro adultos com conforto.
Um quinto fica desajeitado no centro do assento traseiro. Não que sobre,
mas adultos de mais de 1,80 m se acomodam com relativo espaço na
traseira. Na frente, há área suficiente em todas as direções. A escolha
por uma suspensão mais rígida sacrifica levemente o conforto na hora de
passar em buracos. Nota 7.
Tecnologia – O HB20 usa uma plataforma moderna, que teve alguns componentes adaptados especialmente para o Brasil e ainda vai ser base do novo i20 europeu. O motor 1.6 traz soluções interessantes, como o controle variável de válvulas que ajuda no desempenho e no consumo de combustível. A versão testada era a topo de linha, equipada com airbag duplo, ABS, rádio, ar-condicionado e direção hidráulica. Nota 9.
Habitabilidade – Existem boas soluções no interior do HB20, caso do porta-objetos – que abriga as entradas USB e Aux do rádio – com cobertura à frente da alavanca do câmbio. O espaço interno é correto, mas quem vai atrás fica se sente afundado. A sensação é causada pela linha de cintura alta do carro e a pequena área envidraçada. O porta-malas está no nível da concorrência, com 300 litros. Nota 7.
Acabamento – O desenho interior do hatch da Hyundai agrada desde o primeiro momento. É uma visão simplificada do usado em carros maiores da marca, como o Sonata. A escolha dos materiais agradam principalmente na porção central do painel. Na área que circunda os comandos do ar-condicionado e do rádio, o plástico tem boa textura. No restante, é um material rugoso, pouco agradável ao toque, sem muito requinte. Padrão seguido pelo revestimento dos bancos. Nota 8.
Design – É um dos grandes destaques do HB20. O hatch usa o mesmo estilo que a Hyundai já espalhou em toda a sua gama: a “escultura fluida”. O conjunto agrada bastante, ainda mais por emprestar requinte em um segmento de entrada, algo incomum. Os faróis esguios, a linha de cintura ascendente e os diversos vincos na carroceria dão o tom. Nota 9.
Custo/benefício – O HB20 está um pouco acima da média de preços do segmento. Na versão topo de linha, a testada Premium, o Hyundai vai a R$ 44.995. Entre os compactos vendidos no Brasil, apenas modelos que tentam emplacar como “premium” são mais caros, caso de Citroën C3, Ford New Fiesta e Honda Fit. Em resumo, o HB20 é um compacto competente, com desempenho animador do motor 1.6 de 128 cv, design inspirado e com recheio moderno. Deve, no entanto, um preço mais competitivo para brigar com seus reais concorrentes, em média 10% mais baratos. Enquanto é novidade, isso ainda não está incomodando os que querem comprar. Nota 6.
Total – O Hyundai HB20 1.6 Premium somou 78 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Presença em cena
A tal expectativa criada em torno do HB20 é facilmente percebida nas ruas. Basta pegar um trânsito um pouco mais puxado que os olhares todos se voltam para o belo hatch da Hyundai. Mesmo depois de dois meses do lançamento, o interesse no carro é alto e ele desperta curiosidade por onde passa.
Para a sorte da fabricante sul-coreana, o HB20 não se apoia só em um desenho diferente para se destacar. Não demora muito tempo na direção para perceber o ótimo comportamento dinâmico do hatch. O motor 1.6 com comando variável de válvulas sobra e empurra os pouco mais de mil quilos do modelo com vontade. Depois de pegar embalo, a relação peso/potência ajuda e o compacto logo fica “animado”. O único “senão” do desempenho fica para o rendimento abaixo dos 2 mil giros, ligeiramente murcho. A Hyundai tentou amenizar isso com relações curtas no bom câmbio manual.
Presença em cena
A tal expectativa criada em torno do HB20 é facilmente percebida nas ruas. Basta pegar um trânsito um pouco mais puxado que os olhares todos se voltam para o belo hatch da Hyundai. Mesmo depois de dois meses do lançamento, o interesse no carro é alto e ele desperta curiosidade por onde passa.
Para a sorte da fabricante sul-coreana, o HB20 não se apoia só em um desenho diferente para se destacar. Não demora muito tempo na direção para perceber o ótimo comportamento dinâmico do hatch. O motor 1.6 com comando variável de válvulas sobra e empurra os pouco mais de mil quilos do modelo com vontade. Depois de pegar embalo, a relação peso/potência ajuda e o compacto logo fica “animado”. O único “senão” do desempenho fica para o rendimento abaixo dos 2 mil giros, ligeiramente murcho. A Hyundai tentou amenizar isso com relações curtas no bom câmbio manual.
O resto da dinâmica também agrada. A Hyundai escolheu uma linha mais esportiva para o acerto de suspensão do hatch. O conjunto é rígido e fornece bom apoio para uma tocada mais arrojada. As rolagens de carroceria são controladas e, em uso normal, o HB20 se mostra estável. Só em velocidades bem elevadas que a carroceria flutua – mesmo assim, ligeiramente. Os pneus são adequados para a proposta e tem medidas 185/60.
Evidentemente, a opção por uma suspensão mais dura tira um pouco do conforto ao rodar, mas isso não chega a incomodar ao volante do compacto. Não ocorrem muitas daquelas batidas secas e os ocupantes dispõe de dose de conforto aceitável para o nível do segmento. Os bancos tem papel nisso. Além de espuma de densidade correta, têm apoios laterais generosos. No banco traseiro, a falta um apoio de cabeça para o acento central compromete a segurança de quem viaja ali. Um apoio de braço para o motorista também cairia bem, pelo menos nessa versão “top”.
O resto da vida a bordo do HB20 também é simples e fácil. A direção é direta e tem peso certo para manobrar o carro sem dificuldades. A visibilidade é boa mesmo com os pequenos vidros laterais. Os comandos “vitais” do carro estão à mão e tem funcionamento intuitivo. Dentre os secundários, alguns aspectos destoam do resto, como o solitário botão do computador de bordo no meio do painel e o sistema de som, com aspecto simplório ao extremo.
O acabamento é acima da média. Os encaixes são feitos com muita precisão, mesmo que a escolha dos materiais não seja das melhores. Só a parte central do painel é revestida de um plástico agradável ao toque e aos olhos. O resto é rugoso, sem qualquer sofisticação. Há grandes apliques de tecido nas portas, o que aumenta a sensação de requinte à bordo, assim como alguns apliques prateados no interior. Itens que, de fato, deixam o HB20 Premium “bem na foto” em relação aos concorrentes.
Ficha técnica
Hyundai HB20
Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.591 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.
Hyundai HB20
Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.591 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.
Transmissão: Manual de cinco velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração.
Potência máxima: 128 cv e 122 cv a 6 mil rpm com etanol e gasolina.
Torque máximo: 16,5 kgfm e 16,0 kgfm a 4.500 rpm com etanol e gasolina.
Diâmetro e curso: 77,0 mm x 85,4 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.
Suspensão: Dianteira
independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores
telescópicos pressurizados e barra estabilizadora. Traseira
semi-independente por eixo de torção, barra estabilizadora, molas
helicoidais e amortecedores. Não possui controle de estabilidade.
Pneus: 185/60 R15.
Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS com EBD.
Carroceria: Hatch em
monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,90 metros de
comprimento, 1,68 m de largura, 1,47 m de altura e 2,50 m de distância
entre-eixos. Airbag duplo frontal de série.
Peso: 1.027 kg.
Capacidade do porta-malas: 300 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: Piracicaba, São Paulo.
Lançamento no Brasil: 2012.
Itens de série:
Ar-condicionado, direção hidráulica, airbags frontais, limpador do vidro
traseiro, freios ABS com EBD, vidros elétricos nas quatro portas, chave
canivete, desembaçador traseiro, faróis de neblina, coluna de direção
regulável, retrovisores elétricos, rádio CD/MP3/USB/Aux/iPod com
comandos no volante, rodas de liga em 15 polegadas, sensores crepuscular
e de estacionamento, rodas de liga em 15 polegadas e volante revestido
em couro.
Preço: R$ 44.995.
Veja mais: Hyundai HB20 pode ir para a Argentina
Veja também: São Paulo: Hyundai mostra versão aventureira do HB20
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