quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Brasil Econômico prioriza digital ao papel


Grupo Ejesa cancela opção de assinatura da versão impressa por meio do site, mas nega fim da operação em papel 

Departamento de assinaturas retira opção de venda, no site, do jornal impresso e mantém apenas versão online
*Colaborou Bárbara Sacchitiello
O Brasil Econômico já não oferece mais assinatura de sua versão impressa por meio do sistema de e-commerce, ainda que mantenha a oferta dos jornais O Dia e Meia Hora, outros títulos do Grupo Ejesa. A opção de assinatura da versão impressa está disponível apenas por meio do atendimento telefônico. O encerramento da venda de assinaturas pelo e-commerce coincide com comunicado distribuído aos colaboradores do jornal de que eles não receberiam mais o jornal impresso como cortesia desde a segunda-feira 19. A partir de então, os funcionários podem acessar o conteúdo apenas na versão online.
Há também diferença de preços de assinatura nas duas versões: enquanto o conteúdo digital custa R$ 238,80/ano, a assinatura impressa está tabelada em R$ 756,00 pelo mesmo período. O call center, inclusive, incentiva a modalidade online explorando as promoções de brindes aos novos assinantes (uma cafeteira ou uma adega) – o que só está disponível para a versão digital. Procurado por meio da assessoria de imprensa, o grupo afirma que não há planos para o cancelamento da operação em papel.
O mercado começou a discutir a possibilidade do fechamento do jornal Brasil Econômico depois que a Ejesa anunciou, na primeira semana de novembro, a extinção do título esportivo Marca. Na mesma semana, o grupo também divulgou comunicado aos jornaleiros explicando o novo modelo de distribuição do jornal – agora sem a parceria que mantinha com o Diário de São Paulo – bem como a redução da circulação e do número de bancas que o recebem.
Integração
Desde que o grupo português Ongoing – acionista minoritário da Ejesa – adquiriu o iG, em abril, discute-se o futuro dos títulos impressos e uma a total migração deles para a operação online. As redações dos jornais do grupo e do iG passaram, desde julho, a ocupar o mesmo prédio, com a mudança do portal para a sede da Ejesa. Atualmente, as equipes tratam da absorção de profissionais dos títulos impressos na estrutura do portal, o que tem gerado resistência em ambas as redações.

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