Amazon pode transformar o e-commerce nacional
Pesquisa sobre comércio eletrônico aponta
algumas deficiências e oportunidades no setor. Para executivo
responsável pelo trabalho, varejista norte-americano pode forçar
mudanças
A entrada da Amazon no comércio eletrônico nacional pode
transformar este segmento e forçar as demais empresas a mudarem algumas
de suas políticas no relacionamento com o cliente. Um levantamento
realizado pela eCRM123 sobre oportunidades e desafios para o comércio
eletrônico no país apontou que as lojas virtuais ainda apresentam
grandes deficiências em suas políticas de entrega e no pós-venda. Os
números apurados pela empresa especializada em estratégias de CRM no
meio digital mostram que 42% dos internautas brasileiros consideram a experiência de compra online regular ou péssima.
Os produtos enviados fora do prazo representam a principal queixa com
26%. Em seguida são citados o envio de produtos com defeito (8%) e o não
recebimento (5%) como as reclamações mais frequentes. “O ponto crítico
para as lojas nacionais
é o atendimento: na pesquisa, quase metade das respostas considera o
atendimento regular ou péssimo. Embora a maioria considere bom, o
percentual de pessoas insatisfeitas é alto demais”, afirma José Jarbas,
CEO da eCRM123, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Os problemas de atendimento podem representar uma boa oportunidade para
as empresas se diferenciarem da concorrência no ambiente virtual. Com a
chegada da Amazon, os players deste setor podem ser obrigados a mudar.
Entre os entrevistados pela pesquisa, 53% conhecem a Amazon e 62%
consideram ótimo a chegada da loja ao e-commerce nacional.
“Se a Amazon conseguir reproduzir no Brasil o que ela faz nos Estados
Unidos, será uma revolução. Claro que isso não depende apenas deles.
Existem muitas questões estruturais e logísticas. Porém, a política
deles referente ao atendimento é totalmente inédita aqui. E foca
justamente nos itens de maior reclamação entre o nosso consumidor:
eficiência na entrega, rapidez no atendimento, política de troca
facilitada. Aqui, para se trocar um produto o consumidor precisa provar
que não errou”, alerta José Jarbas.
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