quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Museu Brasileiro do Transporte começa a funcionar em 2014 em Campinas


Investimento orçado em R$ 90 milhões, projeto usará a interatividade como ferramenta para mostrar aos estudantes e demais visitantes a relevância dos transportes

São Paulo
Divulgação
Localizada no km 143, às margens da Rodovia Dom Pedro I, a obra tem tudo para chamar a atenção dos motoristas que trafegarem pela rodovia
No segundo semestre de 2014, a região de Campinas vai ganhar o Museu Brasileiro dos Transportes, um obra de fôlego, cujo orçamento vai consumir R$ 90 milhões, em um arrojado projeto arquitetônico e museológico. O objetivo da coordenadoria do projeto - assinada pela Fundação Memória do Transporte (FuMtran), ligada ao sistema da Confederação Nacional do Transporte (CNT) – é “valorizar os transportes e todos aqueles que se dedicam ao setor”, explica a diretora da entidade Elza Lúcia Panzan.
Localizada no km 143, às margens da Rodovia Dom Pedro I, a obra tem tudo para chamar a atenção dos motoristas que trafegarem pela rodovia, pela grandiosidade e design arrojado: duas grandes caixas de vidro e salas de exposição que lembram contêineres coloridos. A obra ocupa 19.200m2 e é de autoria do escritório de arquitetura Athié/Wohnrath.  As obras devem ter início em meados de 2013 e estão previstas para se estenderem por 18 meses.  
No local, o público terá o museu, com 7.800 m2, o centro de convenções com 2 mil m2 e espaços de acesso, restaurante, biblioteca e estacionamento, que totalizam 9.800 m2, além de jardins e terraços. 
Logo no hall de entrada, o visitante vai se sentir como em um grande terminal de passageiros, que terá imenso painel, como nos aeroportos, com informações sobre programação e eventos. “Queríamos que o público se sentisse acolhido desde a chegada, indo de um modal a outro, conhecendo um pouco de tudo, explorando o movimento do mundo do transporte, diz Sérgio Athié.  Com foco no estudante, o museu usará variados recursos tecnológicos, com ênfase na interatividade presente tanto no acervo fixo quanto nas exposições temporárias. Em todas a ênfase será a importância dos transportes e as articulações entre os vários modais. 
“O visitante pode se surpreender ao entender como é a dinâmica de um produto que ele usa no cotidiano, desde sua fabricação, muitas vezes do outro lado do mundo, até que chegue às suas mãos”, diz Fábio Magalhães, conceituado museólogo e ex-curador do Museu de Arte de São Paulo (Masp).“ Além dos meios, o Museu sublinhará a relevância dos trabalhadores do setor, muitas vezes subestimados. “Teremos depoimentos, como os dos caminhoneiros que passaram duas semanas na Belém-Brasília, presos pela lama, correndo até risco de vida.”
“Nosso maior desafio no momento é o financiamento e o patrocínio”, diz Elza, que recorrerá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para implementar a segunda fase do projeto, cujos seis primeiros meses de obra estão orçados em R$ 17 milhões. “Quem sabe o BNDES nos empresta a fundo perdido”, diz a executiva, que contou com R$ 1,5 milhão da CNT na fase inicial do projeto, durante o qual foram formatados os projetos  arquitetônico e museológico. “Contamos também com o apoio e doações de todo o setor para que possamos nos manter depois da obra concluída”, diz Elza. 
No quesito sustentabilidade, o Centro de Convenções terá importância central, como espaço aberto para uso de entidades privadas e públicas em eventos cursos, seminários, palestras e outros eventos ligados ao setor de transporte ou de outras áreas. 

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