Seminário da Volvo do Brasil debate tendências de tecnologia e design para os caminhões das próximas décadas
São Paulo/SP -
Debater as tendências tecnológicas e estilísticas dos veículos de
transporte do futuro. Essa era a proposta do “Volvo Technology &
Product Design”, um seminário de imprensa que reuniu no dia 29 de
agosto, na capital paulista, 40 jornalistas especializados na área de
transporte e logística. O evento contou com apresentações do diretor de
estratégia de caminhões da Volvo Latin America, Sérgio Gomes, do diretor
da Designit Brasil, Kleber Puchaski, e do diretor mundial de design da
Volvo Trucks, Rikard Orell. Rikard é um dos responsáveis pelo Volvo
Concept 2020, caminhão conceitual que reúne toda a visão da marca sueca
sobre como serão os veículos de transporte rodoviário nas próximas
décadas.
O engenheiro mecânico Sérgio Gomes abriu o seminário apresentando dados sobre a bem sucedida implantação do câmbio I-Shift no mercado nacional. Segundo ele, a transmissão automatizada – similar aos câmbios I-Motion e Dualogic utlizadas nos automóveis da Volkswagen e Fiat – já equipa mais de 90% dos modelos da linha FH vendidos no país, fato que tornou o Brasil o país onde o I-Shift é mais vendido em todo o mundo. A evolução do câmbio sem pedal de embreagem e com troca de marchas automática – atualmente em sua terceira geração – permitiu que o equipamento, inicialmente restrito a caminhões de até 40 toneladas de PBT, possa ser utilizado atualmente em bitrens de 60 toneladas. “O transportador brasileiro percebeu que a caixa I-Shift proporciona uma série de benefícios, entre eles a redução nos custos de combustível”, avalia Sérgio.
O engenheiro mecânico Sérgio Gomes abriu o seminário apresentando dados sobre a bem sucedida implantação do câmbio I-Shift no mercado nacional. Segundo ele, a transmissão automatizada – similar aos câmbios I-Motion e Dualogic utlizadas nos automóveis da Volkswagen e Fiat – já equipa mais de 90% dos modelos da linha FH vendidos no país, fato que tornou o Brasil o país onde o I-Shift é mais vendido em todo o mundo. A evolução do câmbio sem pedal de embreagem e com troca de marchas automática – atualmente em sua terceira geração – permitiu que o equipamento, inicialmente restrito a caminhões de até 40 toneladas de PBT, possa ser utilizado atualmente em bitrens de 60 toneladas. “O transportador brasileiro percebeu que a caixa I-Shift proporciona uma série de benefícios, entre eles a redução nos custos de combustível”, avalia Sérgio.
O diretor de estratégia da marca sueca no Brasil destacou que, além do I-Shift, os caminhões Volvo podem ser equipados com uma série de avançados dispositivos tecnológicos de segurança ativa, que ajudam o motorista a evitar acidentes. Entre eles estão o sistema de controle de estabilidade ESP, o piloto automático inteligente ACC, o sistema de monitoramento de faixas de rodagem LKS e o sensor de ponto cego LCS. “A segurança está em nosso DNA”, empolga-se Sérgio Gomes.
Pós-graduado em design automotivo pelo Royal College of Art, de
Londres, o paranaense Kleber Puchaski é diretor de design da sucursal
brasileira da empresa dinamarquesa Designit, com escritórios em diversos
países. Em sua palestra na “Volvo Technology & Product Design”, ele
falou sobre a evolução do design mundial em diversos setores e como as
formas de vários outros produtos influenciam nos novos projetos
automotivos, além de ressaltar a crescente importância do estilo e da
funcionalidade em quase todos os segmentos. “A inovação só acontece com a
confluência de diversos modelos de pensamento e é um pré-requisito para
a sobrevivência das empresas”, opina Kleber.
Segundo o diretor da Designit, alguns dos ícones do design de outros setores, como os iPods da Apple, influenciam bastante as criações da indústria automotiva mundial. Ele defende que, com a evolução no nível de exigência dos modernos consumidores, não é viável abrir mão da criatividade estilística. “Sonhar é essencial”, sintetiza. Quanto às novidades tecnológicas da indústria automotiva, Kleber prevê que as empresas do setor terão de desenvolver sistemas mais simples, intuitivos e acessíveis. “O motorista vai ter de conhecer a tecnologia e a tecnologia vai ter de conhecer o motorista”, acredita.
Diretor de design da Volvo Truck
Corporation, Rikard Orell é graduado em design pelo South Australian
College of Advanced Education, na cidade australiana de Adelaide, e
trabalha na Volvo há 15 anos. Ele coordenou a equipe responsável pelo
desenvolvimento do Volvo Concept 2020, caminhão conceitual que expressa o
que a marca sueca imagina para o futuro do transporte rodoviário.
“Design é muito mais que apenas estilo. Para a Volvo, o design não é um
fim em si, é um fator que contribui para maior funcionalidade”, explica
Rikard, que ressalta que o conceito estético dos caminhões Volvo está
intimamente ligado aos chamados “valores essenciais da marca” –
segurança, qualidade e respeito ao meio ambiente. “O design escandinavo
tem muita inspiração na natureza. Simplicidade e eficiência também são
características marcantes”, avalia. Para Rikard, a aparência de um
caminhão é um item fundamental “É importante que nossos caminhões sejam
atraentes, para que os motoristas queiram dirigi-los”, justifica.
Nas previsões do designer, equipamentos como o piloto automático completo brevemente permitirão que os caminhões sejam conduzidos em longos comboios interligados por sistemas “wireless” através modernas auto-estradas, que terão embutidas em seu pavimento linhas de transmissão de eletricidade para abastecer a demanda dos veículos. Um sistema similar aos que fornecem energia para trens, metrôs e bondes modernos, mas sem perder a capilaridade inerente ao transporte rodoviário. “Grande parte das tecnologias do caminhão Volvo Concept 2020 já estão disponíveis. Outras precisam ser desenvolvidas. Veículos pesados transportarão mercadorias em próprias pistas, como se fosse uma estrada de ferro, mas sem os trilhos”, explica Rikard.
O diretor de design da Volvo acredita
que a segurança rodoviária será aumentada em virtude da adoção desse
sistema de comboios de veículos em vias energizadas. Além disso, a
redução do arrasto aerodinâmico causada pelo fato de um caminhão estar
quase “no vácuo” do veículo da frente resultará em expressivas reduções
no consumo de combustível e na emissão de CO2. Muitos motoristas vão
poder descansar ao volante e ativar sistemas de piloto automático
enquanto apenas o caminhão da frente do comboio efetivamente irá
dirigir. Para melhorar ainda mais a vida dos motoristas, o habitáculo do
caminhão Volvo do futuro certamente será mais espaçoso e arejado.
“Substituímos o tradicional painel por um sistema operado por
touchscreen, como um iPhone, onde o posicionamento dos mostradores pode
ser personalizado por cada motorista”, explica Rikard. Outra
característica que o designer antevê como preponderante são as amplas
áreas envidraçadas. “A visibilidade é importante e temos de destacar
isso graficamente em nossos modelos”, reforça.
Para reduzir o arrasto aerodinâmico do caminhão conceitual Volvo
Concept 2020 e colaborar na redução de consumo e emissões, os espelhos
retrovisores foram substituídos por câmaras. Elas projetam as imagens
captadas no lado de dentro do pára-brisas, em frente ao motorista, que
não precisa sequer desviar o olhar das estrada. “Buscar maior eficiência
sempre foi importante e será ainda mais no futuro”, pondera o designer
sueco. No projeto do Concept 2020, o departamento de estilo da marca
levou a otimização da aerodinâmica a sério. “Chegamos tão longe com a
parte frontal do veículo que mais alterações na forma básica resultam
apenas em evolução mínima no coeficiente aerodinâmico. Mas há um grande
potencial inexplorado na traseira do veículo. Novas tecnologias
permitirão a alteração das formas dos baús de carga dos caminhões quando
eles não estiverem totalmente carregados, para reduzir mais o arrasto
aerodinâmico”, profetiza Rikard.
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