Medida que reaqueceu o mercado expira em 31 de agosto.
As vendas de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e
ônibus) podem bater novo recorde para o mês de julho, segundo informou
nesta terça-feira (31) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele também
afirmou que não há previsão de estender a redução do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) para carros, que expira em 31 de agosto.
O ministro participou de reunião com o vice-presidente da Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan,
em Brasília.
No mês passado, as vendas já tinham batido recorde para o período,
apoiadas no desconto sobre o IPI. "Em maio, a indústria vendeu 280 mil
veículos, que é um número expressivo do ponto de vista internacional.
Mas que representava declínio sobre a perforrmance anterior. Em junho
[quando o IPI menor para veículos já valeu para todo o mês], 353 mil
veículos foram vendidos. Houve reação forte do mercado aumentando as
vendas. Já em julho, ainda não existe número fechado, mas a previsão é
que se tenha vendido 360 mil veículos. Se isso ocorrer, e até agora
foram vendidos mais de 340 mil veículos, será o melhor julho da série
histórica", afirmou o ministro da Fazenda.
saiba mais
Os números oficiais da venda de veículos em julho serão divulgados
nesta quarta-feira (1º) pela Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores (Fenabrave).
Sobre prazo do IPI
Mantega destacou que o governo
ainda vai fazer uma avaliação sobre a decisão de reduzir o IPI dos
veículos, anunciada em 21 de maio deste ano, e acrescentou que, até o
momento, não há previsão de estender o benefício para além de agosto.
"Em maio, resolvemos reduzir o IPI para veículos de modo geral, em
função da queda das vendas que estava ocorrendo e do acúmulo do
estoques, que poderia dar início a demissões. Estávamos preocupados com a
continuidade dos projetos da indústria automobilística, que tem peso
grande na economia, na geração de empregos e investimentos", disse o
ministro.
Ele declarou também que a indústria automobilística pretende investir
R$ 22 bilhões entre 2012 e 2015. "Isso só vai ocorrer se o mercado
continuar crescendo, se houver consumo, exportações e condições de
competitividade. Para dar o impulso ao mercado que tinha se contraído
por conta da situação internacional, tomamos essas medidas [redução do
IPI]. O balanço é positivo", acrescentou.
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