Companhia inicia produção de modelos elétricos no Rio de Janeiro a partir do segundo semestre.
A Kasinski vai começar a pedalar para incrementar os negócios no
Brasil. De olho em um mercado potencial de 600 mil unidades por ano, a
companhia anunciou a entrada no segmento de bicicletas elétricas. A
diversificação no portfólio é uma forma de amenizar as perdas vividas
pelo segmento de motocicletas no país, que deve amargar retração de 15%
nas vendas neste ano.
As primeiras 2 mil unidades de bicicletas elétricas foram produzidas
na fábrica de Manaus (AM) no mês passado. Entretanto, no segundo
semestre a produção será transferida para a unidade de Saquarema, no Rio
de Janeiro. A nova fábrica carioca demandou investimento de R$ 12
milhões e será responsável pela produção dos modelos elétricos da
empresa.
A unidade terá capacidade para fabricar 10 mil bicicletas elétricas
por mês, mas a Kasinski ainda não decidiu qual será o índice inicial.
"Vamos esperar a aceitação do mercado para definir a produção mensal",
explicou o presidente da Kasinski, Cláudio Rosa.
A instalação da fábrica em solo carioca não se deu apenas pelos
incentivos fiscais do estado - tributação reduzida de 2% na alíquota de
ICMS -, mas também por razões logísticas. O Rio de Janeiro é uma das
apostas da Kasinski para vender bicicletas elétricas. "O produto é muito
requerido em cidades litorâneas e com relevo mais plano", afirmou o
executivo.
Pelas estimativas de Rosa, o mercado de bicicletas elétricas tem
potencial para representar 10% das vendas de bicicletas no país, que
atualmente chegam a 6 milhões.
O preço dos produtos varia de acordo com a versão. Os clientes pagam
R$ 2.290 pelo modelo inicial, com bateria de chumbo, R$ 2.990 pelo
veículo com bateria de lítio e R$ 3.590 pelo produto na versão
esportiva.
"Muitas pessoas questionam o valor e perguntam se não vale a pena
comprar uma moto, eu sempre lembro que com as bicicletas não se gasta
dinheiro com combustível, nem com o IPVA", disse o executivo.
Para facilitar as vendas, o produto pode ser encontrado em cerca de
mil pontos no país, entre concessionárias da marca, bicicletarias e
magazines como Ponto Frio, Lojas Americanas e Magazine Luiza.
Projeções
Mesmo com a expectativa de queda entre 10% e 15% nas vendas de motocicletas em 2012, a Kasinski prevê estabilidade nos negócios.
No primeiro semestre, a marca vendeu 23.520 unidades, montante 10,3%
menor que o comercializado um ano antes. "Fomos a empresa com menos
perdas e acreditamos na recuperação", garantiu Rosa.
O otimismo da companhia é comprovado pela nova fábrica em Manaus.
Atualmente a empresa opera em dois prédios locados que somam 15 mil
metros quadrados e em 2014 passará a operar em uma unidade própria com
45 mil metros quadrados.
O investimento faz parte da carteira de US$ 80 milhões de projetos
previstos para o Brasil desde que o grupo chinês Zongshen comprou a
Kasinski em agosto de 2009.
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