quinta-feira, 14 de junho de 2012

Emprego onde mais se contrata é no boca a boca

Micro e pequenas empresas com até 4 funcionários optam por indicações de pessoas próximas para escolher


Não é novidade nenhuma que as micro e pequenas empresas lideram a geração de empregos no Brasil. O que chama a atenção agora é que, dentro deste setor, são as menores (com no máximo quatro funcionários) que estão na dianteira (veja no quadro abaixo todos esses números).
Ir em busca dessas vagas aumenta bastante a chance de quem procura um emprego. Mas onde procurá-las? Nas próprias empresas. O boca a boca, nesta área,  é muito forte. Ser indicado ou amigo do amigo do dono é uma bela vantagem, quase decisiva.
Até mesmo nos PATs (Postos de Atendimento ao Trabalhador), do governo estadual, uma das “agências” de emprego mais populares do estado, essas vagas são poucas.
“Nós temos  uma amostragem muito pequena desse setor. O pequeno empresário não tem muito tempo nem dinheiro para correr atrás dos funcionários. Ele vai mesmo pela rede de informações que faz com amigos e vizinhos”, afirma Juliano Pasqual, assessor técnico da coordenadoria operacional, órgão responsável pela gestão dos PATs do governo estadual.
Segundo Leonardo Mattar, analista de gestão estratégica do Sebrae, essas vagas ficam escondidas por conta de uma característica do empregador.
“O pequeno empresário vai procurar contratar gente da confiança dele, que viva relativamente perto do local de trabalho. Isso vai atender as necessidades desse empregador melhor do que os candidatos disponíveis em cadastros de agências”, afirma.
Um dos desafios atuais do PAT é, justamente, trazer essas vagas para o cadastro. “Nós temos dificuldade em relação a isso, mas estamos buscando avançar nesse ponto. O empresário pode continuar com seu boca a boca, que é eficiente, mas ter essas vagas cadastradas e divulgadas vai aumentar ainda mais o leque de opções”, diz Juliano.
salários / O cenário dos salários pagos pelas micro e pequenas empresas, que crescem mais em relação às médias e grandes, deve seguir o mesmo. “Isso se deve muito ao aumento real do salário mínimo. A diferença de salário entre pequenas e grandes empresas  vai cair mais nos próximos anos”, declara Leonardo.

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