quinta-feira, 14 de junho de 2012

Brasil discute expansão da compra de mídia em tempo real


A implementação do Real Time Bidding no Brasil esteve em pauta na semana passada, em São Paulo, no evento promovido pela Adnetik. Profissionais do mercado publicitário se reuniram para debater desafios e expectativas sobre o modelo que é nova "menina dos olhos" na internet: a compra de mídia em tempo real.

 
"A indústria está se consolidando em todo o mundo, por isso quisemos promover o conhecimento a respeito de um novo modelo que chega para ficar. Tivemos um bom panorama sobre como agências, anunciantes e veículos atuam diante deste novo cenário”, analisa Fabrizio Bruzetti, diretor da Adnetik.
 
O aquecimeto do mercado global dá indícios de que a tecnologia tende a ganhar contornos mais nítidos no Brasil. Segundo Bruzetti, estima-se que em 2015 28,6% de toda a mídia display comprada nos Estados Unidos seja feita em tempo real. No Brasil, o RTB dispõe atualmente de 4% do inventário para compra de espaços neste formato. A expectativa é que o número dobre até o final do ano, com previsão de crescimento para 2013. "Os grandes veículos estão buscando se informar e entender as possibilidades", diz o diretor.
 
O debate uniu representantes de grandes agências, veículos e anunciante. Os dois paineis foram moderados pelos jornalistas Marcelo Gripa, editor do Adnews, e Wharrysson Lacerda, diretor do Olhar Digital, e uniram Alex Banks (comScore), Ana Maria Nubié (AgênciaClick/Isobar), Ari Meneghini (IAB), Edward Montes (Adnetik), Marcelo SAnt'Iago (MBreakComunicação), Marcos Cabrera (Ogilvy), Paula Marsilli (WMcCann), Lúcio Pereira (Sony), Pedro Cruz (Navegg) e Pedro Silva (IVC).
 
Os participantes defenderam, em tom uníssono, a importância de discutir o benefício do RTB, até porque o mercado brasileiro pouco assimila o potencial da tecnologia. "O debate atendeu as expectativas. A compra de mídia é cada vez mais influenciada por ferramentas de software, mas não se tem a compreensão do real potencial delas ainda. Os clientes  entendem muito pouco a diferença entre elas", explica Ana Maria Nubié, vice-presidente da AgênciaClick/Isobar.
 
Pedro Silva, diretor do IVC, compartilha de opinião semelhante. "O evento foi bem interesante para vermos o que tem sido feito. O ritmo é crescente fora do Brasil e faz todo sentido ter a expansão disso por aqui. Mas ficou claro que há necessidade de conhecimento e especialização para ver o impacto dos métodos. Tudo é muito novo e depende de casos de sucesso e ações mais disseminadas", diz Silva, presidente executivo do IVC.

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