A implementação do Real Time
Bidding no Brasil esteve em pauta na semana passada, em São Paulo, no
evento promovido pela Adnetik. Profissionais do mercado publicitário se
reuniram para debater desafios e expectativas sobre o modelo que é nova "menina dos olhos" na internet: a compra de mídia em tempo real.
"A indústria está se consolidando em todo o mundo, por isso quisemos
promover o conhecimento a respeito de um novo modelo que chega para
ficar. Tivemos um bom panorama sobre como agências, anunciantes e
veículos atuam diante deste novo cenário”, analisa Fabrizio Bruzetti,
diretor da Adnetik.
O aquecimeto do mercado global dá indícios de que a tecnologia
tende a ganhar contornos mais nítidos no Brasil. Segundo Bruzetti,
estima-se que em 2015 28,6% de toda a mídia display comprada nos Estados
Unidos seja feita em tempo real. No Brasil, o RTB dispõe atualmente de
4% do inventário para compra de espaços neste formato. A expectativa é
que o número dobre até o final do ano, com previsão de crescimento para
2013. "Os grandes veículos estão buscando se informar e entender as
possibilidades", diz o diretor.
O debate uniu representantes de grandes agências, veículos e
anunciante. Os dois paineis foram moderados pelos jornalistas Marcelo
Gripa, editor do Adnews, e Wharrysson Lacerda, diretor do Olhar Digital,
e uniram Alex Banks (comScore), Ana Maria Nubié (AgênciaClick/Isobar),
Ari Meneghini (IAB), Edward Montes (Adnetik), Marcelo SAnt'Iago
(MBreakComunicação), Marcos Cabrera (Ogilvy), Paula Marsilli (WMcCann),
Lúcio Pereira (Sony), Pedro Cruz (Navegg) e Pedro Silva (IVC).
Os participantes defenderam, em tom uníssono, a importância de discutir
o benefício do RTB, até porque o mercado brasileiro pouco assimila o
potencial da tecnologia. "O debate atendeu as expectativas. A compra de
mídia é cada vez mais influenciada por ferramentas de software,
mas não se tem a compreensão do real potencial delas ainda. Os clientes
entendem muito pouco a diferença entre elas", explica Ana Maria Nubié,
vice-presidente da AgênciaClick/Isobar.
Pedro Silva, diretor do IVC, compartilha de opinião semelhante. "O
evento foi bem interesante para vermos o que tem sido feito. O ritmo é
crescente fora do Brasil e faz todo sentido ter a expansão disso por
aqui. Mas ficou claro que há necessidade de conhecimento e
especialização para ver o impacto dos métodos. Tudo é muito novo e
depende de casos de sucesso e ações mais disseminadas", diz Silva,
presidente executivo do IVC.
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