Exagerar na abordagem e palpitar em conversas alheias são atitudes que devem ser evitadas
São Paulo – Quando o assunto é networking
há duas situações extremas: o profissional que não sabe como criar uma
rede de relacionamentos e aquele que exagera e chega a colocar em risco
sua carreira.
Como saber o limite? “Quando o profissional cultiva os relacionamentos e
não deixa de fazer o seu trabalho”, afirma Rafael Souto, CEO da
Produtive.
Para Mariá Giuliese, diretora executiva da Lens & Minarelli,
empresa especializada em outplacement, atenção para o profissional que
gosta de ser visto e de aparecer em inúmeros eventos.
Corre se o risco de ser rotulado por colegas de trabalho e no mercado
de sua área como um profissional que tem necessidade de se afirmar, “e
pode acabar criando o efeito contrário: em vez de aproximar, afasta”,
diz.
Souto conta que conheceu um CIO (Chief Information Officer) que foi
desligado da empresa porque participava excessivamente de eventos de
tecnologia e deixava de concluir suas tarefas dentro da empresa. “Ele
estava muito mais empenhado em ‘se vender’ do que realmente usar a rede
de contatos em prol do trabalho”, explica.
Criar uma intimidade quando o momento não permite, se expor em assuntos
pessoais, exagerar na abordagem, sacar o cartão sem avaliar se convém
se apresentar ou não, interromper uma conversa para palpitar, são alguns
exemplos de atitudes que não são bem vistas. “É aquele profissional que
quer estar em todos os eventos e ser amigo de todo mundo”, resume
Souto.
Ambos afirmam que fazer networking de forma efetiva é preciso levar em
conta os projetos nos quais está envolvido. Quando não há troca de
informações e ideias, o profissional pode acabar se queimando, pois fica
claro que ele só está interessado em fazer contato em benefício
pessoal.
Nas redes sociais
Souto afirma que é preciso estender o bom senso para o meio virtual,
“não faça pelas redes sociais o que você não faria ao vivo”, resume.
Por isso, ele recomenda que profissionais evitem fazer propaganda
pessoal de forma exagerada e participar de vários fóruns de discussão no
LinkedIn, por exemplo. Principalmente, quando estes não têm nada a
contribuir.
Também é preciso cuidado para evitar mandar incessantemente convites e
mensagens para conexões desconhecidas. "Se mandou duas vezes e não houve
resposta não é preciso mandar dez vezes", afirma Souto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário