Recentemente, tive a oportunidade de me encontrar com um ídolo: o
jogador de futebol Marcos, o “São Marcos”, como ficou popularmente
conhecido por seus milagres embaixo das quatro traves atuando pelo
Palmeiras e Seleção Brasileira. Minha admiração por ele ficou ainda maior em meu encontro por verificar toda sua espontaneidade e simplicidade na prática.
Nessa ocasião me recordei de um dos momentos que mais chamou a atenção na entrevista de despedida do atleta, quando o goleiro comentou o porquê de ter desistido de ir jogar na Inglaterra quando estava no auge de sua carreira. Marcos comentou que optou por continuar no Palmeiras e construir um legado, uma história ao invés de ficar pulando de time em time como é natural entre os craques da atualidade.
Você deve estar se perguntando o que essa informação esportiva tem a ver com esse espaço. Pois em minha opinião mais do que aparenta. Os clientes, em geral, querem se relacionar com empresas cujas crenças estão baseadas em valores sólidos. Empresas que representam um importante legado tendem a ser mais valorizadas e almejadas do que aquelas que têm um perfil mais aventureiro.
O principal desafio das empresas, sob a ótica mercadológica, é obter vantagem competitiva apresentando ao mercado suas características peculiares, aquilo que lhe faz única. Existe uma forte tendência – e não é de hoje – pela commoditização dos produtos ou serviços. Em síntese, isso significa que tudo, atualmente, é facilmente “copiável” pelos concorrentes. A trajetória de uma organização, suas crenças e valores são únicos. Ou seja, não há como outra empresa copiar esses atributos singulares. Aliar uma abordagem ao mercado que combina os diferenciais de sua oferta com as crenças da organização é uma forma de mostrar ao cliente a essência do valor que essa empresa leva ao mercado.
As empresas que, como Marcos, esse notável personagem do esporte brasileiro, foram construídas tendo como base esses sólidos alicerces não terão problemas para construir essa caminhada. Não podemos afirmar o mesmo, no entanto, daquelas cujo foco é ser vendida amanhã para um grande investidor.
Aliás, será que o centroavante Kléber, que jogou no mesmo Palmeiras, e já está em seu terceiro clube em três anos, terá direito a mesma mobilização quando se aposentar? É ver para crer.
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