Só fica atrás das semanas de Paris, Milão, Nova York, Londres.
A ideia pegou e hoje temos o Restaurant Week, Spa Week e até a Balada Week. Mas nenhum destes atinge tanta gente no Brasil quanto o Entrepreneurship Week. Em 2011, 1, 7 milhão de pessoas participaram de atividades da semana.
A Virada Cultural, 24 horas de atividades culturais, também foi outra grande ideia. Lançada em 2005 na cidade de São Paulo se tornou referência para outras cidades brasileiras.
A Virada Esportiva, 24 horas de atividades esportivas, também lançada em São Paulo vem obtendo o mesmo nível de sucesso. Mas considerando o êxito da Semana de Empreendedorismo no Brasil, pensar em algo como uma virada para empreendedores também poderia ser uma boa ideia.
Mas será que empreendedores topariam ficar 24 horas ininterruptas participando de atividades de planejamento estratégico, redes sociais, web services, direito trabalhista, captação de recursos de investidores ou finanças?
Ana Lúcia Fontes, empreendedora do MyJobSpace, um espaço de coworking, já tem a resposta. Ela lançou a primeira edição da Virada Empreendedora neste último final de semana e teve lotação máxima.
Conversando com diversos empreendedores no evento, a ideia fazia todo o sentido para empresários que não conseguem fazer um curso tradicional com várias aulas durante meses.
Fazer diversos cursos intensivos, discutir a estratégia de negócio com consultores e mentores, fazer networking com parceiros estratégicos, conhecer pessoas com os mesmos dilemas e desafios e relaxar assistindo a filmes com mensagens empreendedoras, tudo em 24 horas, agradaram os presentes.
No evento, havia estudantes com ideias mais ou menos formuladas na cabeça e que precisam elaborar um plano de negócio para a faculdade. É o exemplo típico da educação empreendedora que avança rapidamente em todas as principais instituições de ensino superior.
Tinha estudantes que não pensam no plano de negócio, mas só em como colocar a empresa em funcionamento o mais rápido possível e os estudantes que já estavam com o negócio em funcionamento e buscavam clientes e investidores.
Mas também tinha os empreendedores já graduados, se é que isto é possível. Havia os que estavam empregados e flertavam com a iniciativa de criar startup, os que pensavam em trazer uma representação do exterior, os que já estavam com empresa em paralelo, os que já tiveram um negócio, quebraram e iniciaram outro, e os que já tiveram sucesso no primeiro empreendimento e planejam criar outros.
Simbolicamente, no evento também estavam presentes Cassio Spina, co-fundador da Anjos do Brasil, entidade que reúne pessoas físicas interessadas em investir novos empreendimentos e Diego Remus, co-fundador da Associação Brasileira de Startups, organização que reúne estes novos empreendimentos.
Tudo isto em um momento em que o Governo Federal inicia os trabalhos de formulação da Política Nacional de Empreendedorismo.
Mais do que o nome do evento, a Virada Empreendedora representa, literalmente, a virada do empreendedorismo no Brasil.
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