A curiosidade parece ser algo nato do ser humano. Afinal, sempre há o desejo
de conhecer, saber e instruir-se. Imagine o quanto de curiosidade está
por trás dos QR Codes (um código de barras em 2D que pode ser escaneado
por smartphones). Porém, não devemos arquitetar as estratégias de
comunicação e relacionamento de uma marca somente em cima de tal
capacidade, ou seja, acreditar que somente a curiosidade e a busca por
novidades serão responsáveis por engajar os consumidores em uma campanha
de marketing.
Segundo informações apresentadas pelo estudo, publicado em 2011, “9 Things to Know About Consumer Behavior and QR Codes”, realizado pele empresa americana de pesquisa CMB (Consumer Pulse), 46% dos entrevistados responderam ter curiosidade para saber o que isso poderia fazer e apenas 21% responderam que já ouviram falar de QR Code. Além disso, 50% dos que possuem smartphones afirmaram que já escanearam o código. Outras informações inquietantes do estudo: 57% dos entrevistados declararam não ter feito nada com a informação, 21% compartilharam a informação com alguém e 18% realizaram uma compra.
Apesar do interesse na busca pelo termo “qr code” (pelo Google Insights for Search) apresentar elevado índice de crescimento no Brasil em 2011, alguns fatores devem ser levados em consideração para se utilizar essa tecnologia em ascensão, entre eles o público-alvo e os erros já cometidos.
Várias empresas falharam no planejamento de suas campanhas com o uso do código. E os erros delas são aprendizados para novas aplicações. Sendo assim, alguns exemplos:
- Red Bull: a empresa tentou realizar uma campanha em algumas estações de metrô nos EUA e havia pouco sinal 3G, ou seja, dificultou o acesso a Internet naqueles locais;
- Mapfre Seguros: fez anúncio em página dupla, no ano passado, e o código direcionava para um website desenvolvido com tecnologia incompatível parasmartphones;
- Companhia aérea Continental: inseriu um código em sua revista de bordo com o objetivo de vincular milhas aéreas aos passageiros, porém, ao acessar a página, a mesma apresentava má formatação para dispositivos móveis e também pelo fato de não existir wi-fi nos aviões, o tempo para acesso era bem restrito.
É inegável, o QR Code ainda é uma novidade no Brasil. Talvez não haja uma receita de sucesso aplicada à ferramenta para o consumidor brasileiro, ou para atingir resultados satisfatórios. O desafio a ser perseguido pelas agências brasileiras é de conscientizar o público a respeito da tecnologia, facilitar seu uso e, principalmente, criar a cultura e o hábito da leitura dos códigos.
Por Mário Almeida, diretor da S4W
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