Publicidade digital deve faturar R$ 4,7 bi este ano
Projeção é do IAB e representa crescimento de 37,3% em relação ao ano passado
O investimento em publicidade online, que inclui os segmentos de display
e de busca (search) deve chegar a R$ 4,645 bilhões, o que significa uma
expansão de 37,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados
são do Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil) e foram apresentados
pelo presidente da entidade, Fábio Coelho, que também é o principal
executivo do Google no Brasil. Segundo Coelho, se essas projeções se
confirmarem, o share do meio digital deve chegar a 13,7% do total do
faturamento publicitário, estimado em R$ 33,8 bilhões até o final deste
ano (foi de R$ 31 bilhões no ano passado) e, com esse resultado, a
internet deve se tornar o segundo meio em faturamento com publicidade, à
frente dos jornais e atrás apenas da TV aberta.
O executivo
afirma que a internet deve crescer quatro vezes mais do que o mercado
publicitário: o aumento estimado é de 43,5% para o meio digital, 17,8%
para a TV paga, 12,1% para mídia out-of-home, 9,2% para TV aberta, 3,8%
para jornal, 3,5% para revista e 3,3% para rádio. Cinema e guias e
listas devem continuar a registrar queda, como nos anos anteriores, com
previsões de -6,4% e -2,6%, respectivamente.
No exercício de
2011, a internet faturou R$ 3,339 bilhões, dos quais R$ 1,454 bilhão
veio de display (aumento de 19,24% em relação a 2010) e R$ 1,884 bilhão
foi gerado por search (expansão de 55% na comparação com 2010). Para
este ano, se confirmadas as projeções do IAB, o segmento de display deve
crescer 25%, para R$ 1,818 bilhão, e o de search deve aumentar 55%,
para R$ 2,827 bilhões.
Ad networks
Para chegar ao volume de faturamento publicitário digital, o IAB
contabiliza o investimento publicitário em portais (como UOL, Terra,
MSN, Yahoo, iG, Globo.com, R7 e outros), nos buscadores (que passaram a
compor a publicidade digital em meados do ano passado e abrangem Google,
Yahoo, Bing/Microsoft, Buscapé e Ask.com - que representam 95% dos
serviços de busca) e em ad networks (como Hi-Mídia e boo-box). Por
enquanto, as redes sociais mais importantes - Facebook, Twitter e
LinkedIn - ainda não estão contempladas. Segundo o presidente da IAB,
Fábio Coelho, no entanto, é uma questão de tempo. Já existem gestões
junto a essas empresas para contabilizar seus respectivos faturamentos
para compor o volume do meio digital.
“Pelo menos 50% das ad
networks já estão contempladas no faturamento”, assegura o
vice-presidente de veículos do IAB, Marcos Swaroswsky. “No caso de
portais como MSN, Yahoo, UOL e Terra, as ad networks já estão 100%
cobertas”, diz. Segundo o diretor executivo do IAB, Ari Meneghini, nos
EUA, as ad networks faturam US$ 5 bilhões, equivalente a 16% da receita
total digital. O IAB deve criar uma certificação para os seus mais de
160 associados de forma a garantir que as boas práticas sejam adotadas
em relação às ad networks. Isso, diz Meneghini, dará referência aos
anunciantes do meio. Recentemente, o IAB se associou ao Conselho
Executivo das Normas-Padrão - CENP justamente para formalizar a adesão
às práticas já adotadas pelas grandes empresas digitais do País.
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