Com isso, o New Fiesta brasileiro será montado na fábrica da marca em Camaçari (BA)
Carsale - Com a chegada do novo EcoSport, o primeiro modelo global da
Ford desenvolvido totalmente em Camaçari (BA), as notícias sobre novos
produtos criados no centro de pesquisas baianos começam a surgir. A bola
da vez é um veículo compacto que também traria na bagagem a tarefa de
ampliar os negócios da montadora norte-americana nos mercados
emergentes, como China, Índia e o próprio Brasil (com linhas semelhantes
às do conceito Start da foto acima, apresentado durante o Salão
Internacional do Automóvel de 2010).
A grande questão que envolve
esse novo modelo global é onde ele será produzido. Poderia ser tanto no
Complexo Indústria de Camaçari (BA), quanto na fábrica de São Bernardo
do Campo (SP). E acabando com todas as dúvidas, de acordo com uma fonte
confiável ligada à Ford, o novo carrinho será montado na região do
grande ABC paulista.
“Nesses casos, temos que analisar diversas
questões. A escolha foi feita por causa da logística, os custos de
manufatura e a região onde está o principal centro consumidor deste
produto”, afirmou a fonte. Ainda segundo a reportagem apurou, o novo
projeto deve levar de 3 a 4 anos para ficar pronto, confirmando as
especulações da imprensa especializada, que ele poderá ser lançado em
2014.
E o New Fiesta brasileiro?
Com
a decisão de produzir o compacto global na unidade de São Bernardo do
Campo (SP), o New Fiesta brasileiro (versões hatch e sedã), modelo que
atualmente é importado do México, será produzido na unidade de Camaçari
(BA), a partir de 2013. Segundo a fonte consultada, isso também
evidencia uma solução para resolver as questões de custo para enquadrar a
cadeia de produção aos novos produtos.
“Hoje produzimos um
modelo com duas carrocerias em Camaçari (BA) [o Fiesta Rocam, hatch e
sedã]. É mais fácil você manter esse padrão na linha de produção, do que
alterar totalmente para a montagem de apenas um modelo [se referindo ao
novo compacto global]. Além disso, volto a repetir. A questão de
distribuir a produção para atender os diferentes centros consumidores
também influi muito nesse tipo de decisão”, completou.
Uma
segunda fonte ligada à Ford, acrescentou que outra questão que pesou na
decisão foi o compartilhamento de plataforma entre o New Fiesta e o novo
EcoSport. “Com mais esse argumento, ficou muito mais viável distribuir
os novos produtos deste modo em nossas duas linhas de produção
brasileiras”, disse a fonte, que preferiu não se identificar.
Onda dos carros globais
Toda
essa discussão ganha mais importância em um momento definido como era
global. Na década passada, o grande chamariz foi a regionalização de
produtos, com o desenvolvimento de veículos exclusivos que atendessem a
demanda de dois ou três país próximos do seu local de produção. Porém,
com a nova distribuição econômica mundial e o aumento da importância dos
países emergentes, essa proposta teve que ser alterada.
Tanto é
que, além da Ford com o novo EcoSport e com o novo compacto global (a
montadora promete que esses dois são apenas o inicio do desenvolvimento
de uma série de carros globais para o mercado emergente, todos
desenvolvidos no Centro de Pesquisas de Camaçari), outras montadoras
trabalham em projetos que devem atender diversos mercados espalhados
pelo globo.
Para citar algumas. A Volkswagem trabalha para
produzir o pequeno global Up! por aqui e a General Motors já produz o
sedã Cruze, que também é global. A francesa PSA Peugeot Citroën também
está desenvolvendo um compacto mundial (leia mais aqui) e a Fiat promete
um novo modelo, que segue essa linha e que será montado nos próximos
anos na fábrica que está sendo construída na cidade de Goiania (PE).
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