Peter Drucker, guru da gestão, falava que o objetivo de um negócio é
criar clientes. Para isso, é preciso se comunicar. E, nesse nível de
comunicação, ainda não inventaram profissional mais capaz do que um bom
publicitário.
As empresas sabem disso.
Apesar da crise, os gastos com publicidade no mundo bateram recorde em 2012, alcançando a marca estimada de US$ 500 bilhões.
O crescimento do mercado mundial deve ficar em torno de 4% neste e nos
próximos anos num mundo de crescimento geral bem mais modesto.
A emergência dos emergentes emancipou centenas de milhões de novos
consumidores ao mercado, com quem as marcas estão apenas começando a
dialogar.
Os mercados emergentes passarão os Estados Unidos em gastos com
propaganda até 2014 e serão responsáveis por mais de 60% do crescimento
do mercado global nos próximos anos.
Estamos no miolo de tudo isso, e ainda fomos abençoados com os dois
maiores eventos do planeta numa mesma temporada: a Copa do Mundo de 2014
e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016.
Essa era de megaeventos e de megaexposição global já está entre nós. A
Copa das Confederações, o aperitivo da Copa do Mundo, começa daqui a
seis meses, com oito países jogando em seis cidades do Brasil.
E quando vierem dizer, diante de uma dificuldade qualquer, "Imagine na Copa", responda prontamente: "Imagine sem a Copa".
Meu setor, e tantos outros, já são testemunhas dos investimentos em
curso, dos efeitos positivos dessa grande ousadia brasileira, como bem
colocou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles em sua
coluna nesta Folha no último domingo, de abrigar dois eventos tão importantes um na sequência do outro.
Copa e Olimpíada são portas abertas para a globalização, atalhos para a
consciência global. Como melhor contrapeso ao custo país, a Copa e a
Olimpíada vão nos ajudar a organizar o benefício país, a mostrar ao
mundo porque é bom ser e estar no Brasil.
Nossa posição é clara e sustentável: gigante da paz, democracia
tolerante, caldeirão multiétnico, capitalista, legalista,
multilateralista.
Os rituais de fim de ano já chegaram. 2012 passou como uma bala, nos
deixando mais perto desses encontros marcados com a atenção mundial.
Ao contrário de nações que se esforçam para copiar os outros, o Brasil tem tudo para ser excepcional, como Niemeyer.
O duplo amadurecimento da nossa democracia e do nosso capitalismo tende
a convergir para um país mais justo e mais dinâmico. Ainda está longe
do que queremos, do que podemos e do que seremos, mas conquistamos muita
coisa. Afinal, ninguém se torna a sexta maior economia do mundo só por
acaso ou só por commodity.
E muito do que falta depende mais de nós do que de qualquer outra coisa.
Nesta época de balanço e planejamento, foque nas suas capacidades, não nas incapacidades dos outros.
E lembre-se que muito melhor do que dar presentes é dar horizontes.
Melhor do que fechar o ano com lucro líquido é fechar o ano com orgulho
líquido pelo que sua empresa e você fizeram. É com esse orgulho que
vamos construir grandes empresas e um grande país.
2013 está chegando para melhorar 2012. E quer uma boa notícia: todo mundo acha que vai ser melhor.
Uma coisa é certa: no dia 15 de junho de 2013, a bola vai começar a
rolar, e o mundo estará olhando. Faça a sua parte e faça o melhor.
Por Nizan Guanaes, publicitário e presidente do Grupo ABC. Publicado originalmente na Folha de S. Paulo.
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