Amazon lança site no Brasil e Google começa a venda de dez mil títulos em português, prometendo uma disputa acirrada pelo mercado de e-books em 2013
Alexandre Szapiro, ex-diretor-geral da Apple no Brasil, deve liderar a operação brasileira da Amazon, que já tem até uma versão em português do seu site no ar.
Lançado na madrugada desta quinta-feira 6, o endereço venderá
inicialmente livros de autores brasileiros, como Paulo Coelho, Daniel
Galera, Drauzio Varella e Chico Buarque, e posteriormente começa a
comercializar também o e-reader Kindle.
Com capital estimado em R$ 5 milhões, o escritório local da varejista
norte-americana funcionará na Avenida Nações Unidas, em São Paulo,
segundo informações do G1 baseadas em documentos da Junta Comercial de
São Paulo.
A Amazon
começa a escrever a sua história no Brasil no mesmo momento em que o
rival Google também estreia no universo dos livros digitais brasileiros.
O maior buscador do mundo acaba de iniciar a venda de e-books no
Brasil, o primeiro País da América Latina a oferecer o serviço, a
exemplo de alguns países da Europa e Ásia. Segundo informações
publicadas na edição desta quinta-feira 6 pelo jornal Folha de S. Paulo,
o acervo terá dez mil títulos em português, além de filmes disponíveis
por meio do Google Play. A loja possui hoje um catálogo total da ordem
de 25 mil títulos em outras línguas e outros dois milhões de livros
digitais gratuitos em diversos idiomas. O próximo passo pode ser a
inclusão da venda de música, revistas e seriados de TV, o que deve
acirrar ainda mais a disputa de mercado com a Amazon em 2013.
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Livraria Cultura também disputa o mercado de e-books com o e-reader canadense Kobo
Crédito: Divulgação
Livraria Cultura sai na frente
A Livraria Cultura
é um dos oponentes nacionais mais preparados para enfrentar a
concorrência das marcas estrangeiras. Nesta quarta-feira 05, a livraria
saiu na frente da própria Amazon e iniciou as vendas do e-reader Kobo em
todas as suas unidades. Sem especificar números, Sergio Herz,
presidente da Livraria Cultura, afirmou que as vendas, no dia de estreia
do aparelho nas lojas, estavam “indo muito bem”. Além disso, como
vantagens do Kobo sobre outros leitores o fato de o consumidor não ficar
necessariamente preso à Cultura para aquisição de e-books e ferramentas
estatísticas com as quais a pessoa pode mensurar seus hábitos de
leitura, como quantos livros leu, em quanto tempo etc.
“Ele
também tem integração com as redes sociais, é possível discutir com os
outros que estão lendo uma mesma obra ou mesmo com os autores, se eles
permitirem”, destacou Herz. Em setembro, quando foi anunciado o acordo
entre a Cultura e a canadense Kobo, divulgou-se que a expectativa da
livraria brasileira era ampliar seu portfolio de e-books de 330 mil para
três milhões de títulos.
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