Y&R, CO.R, Data Popular e Future Brand, além de Zanna Sound, se envolveram na nova identidade da marca
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Consumidores aparecem interagindo com eletroeletrônicos, num esforço
para posicionar Ponto Frio como um vendedor de produtos úteis ao
dia-a-dia
Crédito: Divulgação
Foram anos de ocaso. Uma década, mais precisamente. Entre 1999 e
2009, a rede de varejo Ponto Frio adotou diferentes estratégias de
comunicação e prospectou públicos de classes sociais distintas, até que
seus controladores vendessem a empresa para o Grupo Pão de Açúcar.
Desde
a aquisição, seguida de um acordo com a Casas Bahia em 2010 que
resultou na holding Via Varejo, um amplo estudo de marca foi conduzido
pela equipe de marketing. O posicionamento final, acompanhado de uma
campanha institucional que ficará três meses no ar, começou a ser
comunicado nesta semana.
É, aparentemente, o fim de estratégias
“esquizofrênicas” de comunicação, como define Flavia Altheman, diretora
de marketing da Via Varejo, holding do Grupo Pão de Açúcar que concentra
as varejistas Ponto Frio e Casas Bahia.
A equipe comandada por
Flavia contratou quatro empresas para ajudar a decifrar os potenciais da
marca, repaginá-la e, então, contribuir para melhorar os resultados no
varejo. A primeira parceira foi a CO.R, butique de planejamento
comandada por Rita Almeida, que contribuiu para a identificação do que
os consumidores achavam da marca e quais os potenciais deveriam ser
explorados.
Depois disso, o Instituto Data Popular radiografou a
relação entre consumidores das classes A, B e C+ com a tecnologia. “A
partir do material que recebemos, identificamos que a tecnologia
precisava ser útil ao dia a dia dos nossos clientes, e então chegamos ao
conceito de ‘Viva a inovação’”, explica Ricardo Papp, diretor-geral do
escritório da Y&R em São Caetano.
O comercial “Manifesto”,
que apresenta esse posicionamento, é um convite aos consumidores. Sugere
que o espectador “viva a vida” e cita algumas situações enquanto
produtos de alta tecnologia vendidos pela rede vão aparecendo em
interação com os atores.
A produção é da BC Filmes, com direção
de Luis Pinheiro e trilha é da Zanna Sound, produtora que criou uma
“identidade sonora” para a marca, algo que será replicado nos pontos de
venda, comerciais e na espera telefônica da empresa. O comercial é
arrematado pela nova marca, desenhada pela Future Brand e lançada em
setembro de 2011, desde quando passou a ser grafada como “Pontofrio” — e
não mais Ponto Frio.
Mais mídia, novas lojas
O novo momento da marca põe fim, também, a um modelo de comunicação “no
limite do necessário” adotado pela marca entre 2009 e 2012. Enquanto
não se reposicionava, o Ponto Frio veiculou campanhas em número
necessário apenas para manter sua participação de mercado, como
esclarece Flavia.
Ainda assim, entre 2010 e 2011, segundo dados do ranking Agências e Anunciantes, de Meio & Mensagem,
o Ponto Frio deixou a 50ª posição em investimento de mídia (R$ 110,5
milhões) e se tornou o 45º maior anunciante do País, num total de R$
122,6 milhões investidos. “Devemos aumentar o investimento em mídia.
Temos um desafio de mercado importante”, afirma Flavia.
Do ponto
de vista da operação, cem das 393 unidades da rede serão convertidas em
lojas conceito, se somando às 21 já existentes. O projeto delas também
foi revisto: são espaços brancos, abertos, com grandes vitrines que
“convidam os consumidores a entrar”, como define Flavia. Todas
ferramentas para tentar tornar o ocaso da rede uma lembrança distante na
cabeça dos consumidores.
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