Também revela que recursos extras como exibição de imagens do estúdio,
por meio de webcasting (12%), e hospedagem de vídeos relacionados à
emissora (23%) são cada vez mais utilizados. A venda de espaços
publicitários nas páginas da rede é uma estratégia já usada por 24% das
rádios.
De acordo com o presidente da Abert, Daniel Slaviero, os dados mostram
que o rádio aposta na internet, no uso de recursos multimídia e na
mudança de hábitos de consumo de informação para crescer num mercado
cada vez mais competitivo.
“Se, de um lado, a popularização da internet e das novas mídias amplia a
concorrência, de outro, temos certeza de que possibilita que o rádio vá
mais longe, conquiste mais ouvintes, atraia novos anunciantes”, afirma.
Foram consultadas 435 emissoras, de 26 estados e do Distrito Federal, o
que representa 10% do mercado de rádios comerciais no país. O
levantamento, realizado entre julho e agosto deste ano, é um dos mais
abrangentes sobre o meio rádio. Rio Grande do Sul (16%), São Paulo (14%)
e Minas Gerais (12%) são os estados com maior participação. Amapá,
Roraima e Tocantins são os menos representativos (0,2%, nos três casos).
Confira alguns pontos interessantes da pesquisa:
Maioria das emissoras fatura até R$ 50 mil mensais
Outros 23,9% disseram receber entre R$ 10 e R$ 20 mil; 19,3%
responderam até R$10 mil e 15% ficaram entre R$ 50 e R$100 mil. Os que
têm faturamento mais alto são minoria. Apenas 3,4% recebem R$100 e R$
200 mil e 2,9% ficam acima de R$ 200 mil mensais.
Mercado local é responsável por 81,55% do faturamento das emissoras
O anunciante local é a principal fonte de renda do rádio. De acordo com
a pesquisa, ele responde por 81,55% do faturamento mensal das
emissoras.
A contribuição significativa do mercado local foi confirmada pelo
grande percentual de rádios que afirmam “raramente” receber mídia de
patrocinadores nacionais privados (61,7%) governos estaduais (59,3%) ou
governo federal (73,6%).
Os resultados foram semelhantes entre as regiões. Sul e Sudeste
disseram ter 83% de anunciantes locais, enquanto Norte, Centro-oeste e
Nordeste apontaram 81%, 80% e 74%, respectivamente.
Governos têm pouca participação como anunciantes
A pesquisa confirma a baixa participação de governos como anunciantes.
Apenas 3,7% disseram receber verba mensal do governo federal. No caso
dos governos estaduais e patrocinadores nacionais privados a média é de
16%, para ambos.
Nesse quesito, o Distrito Federal se diferencia do padrão nacional.
Todas as suas emissoras que responderam à pesquisa disseram receber
investimento mensal do governo federal e de empresas privadas de atuação
nacional. Metade delas disse receber mensalmente recursos do governo
distrital.
Redação Adnews
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