sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Vendas de carros importados sobem 11,5% em agosto


No mês foram emplacadas 11.975 unidades, contra 10,7 mil em julho. 
Acumulado do ano aponta queda de 27,5%, para 93,6 mil carros.

  As vendas das importadoras oficiais de carros encerraram o mês de agosto com 11.975 unidades emplacadas, apresentando pequena recuperação de 11,5% ante julho, quando registrou 10.739 unidades. Se comparado a igual período do ano passado, no entanto, a queda é de 41,4%. Em agosto de 2011, a Abeiva emplacou 20.420 unidades em agosto de 2011.Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (13) pela Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores).
Fazem parte da Abeiva: Aston Martin, Audi, Bentley, BMW, Changan, Chery, Chrysler, Dodge, Ferrari, Hafei Motor, Haima, Jac Motors, Jaguar, Jeep, Jinbei Automobile, Kia Motors, Lamborghini, Land Rover, Lifan, Maserati, Mazda, Mini, Porsche, Rolls Royce, SsangYong, Suzuki e Volvo.
Com 93.685 unidades emplacadas no acumulado, as associadas à Abeiva registram queda de 27,5% nos primeiros oito meses do ano, ante as 129.284 unidades emigual período de 2011, enquanto o mercado interno registrou alta de 7%. Foram emplacadas 2.389.733 unidades este ano contra 2.233.851veículos emplacados de janeiro a agosto do ano passado.


Ao analisar o comportamento de vendas no mês de agosto na comparação com julho, enquanto as associadas à Abeiva registraram alta de 11,5%, o mercado interno cresceu 15,4%. Mas, na comparação de iguais períodos de 2012 e 2011, enquanto os importados caíram 41,4%, o mercado sustentou alta de 31,7%.

“Com isso, o comportamento do mercado brasileiro por dados de market share nos mostra que o desempenho da Abeiva em agosto voltou a ter perda, de 2,95% ante 6,63% em agosto de 2011. Ao comparar os totais do acumulado de 2012 e 2011, o nosso market share caiu de 5,79% para 3,92%”, afirma o presidente da entidade, Flavio Padovan.
 


“Mais uma vez, é preciso enfatizar que, ao comparar os dados de desempenho do setor de importados, em agosto, com o comportamento do mercado interno brasileiro, fica evidente a influência negativa das altas do IPI e do dólar”, observa Padovan, para quem, com a tendência de queda de emplacamentos, verificada desde o aumento da alíquota do IPI em dezembro último, simultaneamente à valorização do dólar, os volumes de venda registrados em 2012 mostram que o setor de importados já entra em crise.

“Lamentavelmente, o quadro de nossas associadas, em agosto, nos mostra –na prática – a extinção de aproximadamente 10 mil postos de trabalho. Tínhamos previsto que esse fato aconteceria até o final do ano. Mas, infelizmente, dos 35 mil empregos diretos que o setor de importados proporcionou ao longo de 2011, perto de 10 mil postos de trabalho já foram eliminados”, ressalta Padovan.

Por esse motivo, os importadores oficiais de veículos automotores aguardavam, até o final do mês de agosto, um plano que contemplasse um plano de cotas para o setor sem o impacto do aumento de 30 pontos no IPI.

“Depois de oito meses, tornou-se crucial à sobrevivência do setor de importados que o Governo Federal conceda um tratamento justo para os importadores de veículos associados à Abeiva que hoje representam apenas 3,92% do total de veículos comercializados no país, sem representar nenhuma ameaça aos fabricantes nacionais, que detém 96,08% de todo o volume comercializado no mercado brasileiro”, enfatiza Flavio Padovan.

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