Pesquisa realizada por rede virtual voltada para consumidoras de alta renda aponta as principais características das clientes das grifes mais tradicionais do país
O crescimento do mercado de luxo no país vem fazendo aumentar a demanda
por dados que estejam relacionados especificamente a este segmento da
população. Para suprir esta demanda, La Clé vem criando um perfil
detalhado deste tipo de consumidor, construindo massa crítica para
auxiliar nas decisões de Marketing das empresas que atuam neste mercado.
O site conta hoje com cerca de 800 mulheres cadastradas com gasto médio
mensal de R$ 3.500,00 com roupas e acessórios. A expectativa é chegar a
3 mil nomes dentro de dois meses.
Marcas nacionais são privilegiadas
Segundo o primeiro relatório gerado, a periodicidade média de compras
feitas pelas integrantes da rede é a cada 15 dias. A pesquisa aponta uma
clara mudança na mentalidade do consumidor de luxo brasileiro, que já
não privilegia mais as compras no exterior. Das ouvidas, 92% afirmaram
fazer compras tanto no Brasil quanto em outros países. “Esse foi um
paradigma quebrado. No Brasil sempre se acreditou que o consumidor de
luxo ia ao exterior para comprar
e, a partir da pesquisa, vimos que não, que essas mulheres compram no
Brasil e, quando questionadas, se lembram primeiro das grifes nacionais
como sinônimo de qualidade, depois das internacionais”, explica Lusia
Nicolino, Diretora de Marketing e Inovação da La Clé, em entrevista ao
Mundo do Marketing.
Diferente do que as marcas acreditavam, o consumidor de classe mais
alta não busca apenas os shoppings centers na hora de fazer as suas
compras. “Esse foi um dado que chamou muito a nossa atenção. 45% das
mulheres disseram não ter preferência, gostando tanto de fazer compras
nos shoppings quanto nas lojas de rua. A única preferência é com relação
aos bairros. Elas preferem comprar perto de casa”, diz Lusia Nicolino.
O estudo mostra também as preferências das compradoras de luxo na hora
da divulgação dos produtos das lojas. Do total de ouvidas, 48% acreditam
que o MSN é a melhor forma de receber informações sobre novas coleções
ou liquidações. Em segundo lugar estão os catálogos tradicionais, com
42% da preferência. Em terceiro e quarto, estão as mensagens de texto e
SMS, com 33%, e o e-mail Marketing, com 31%.
Apesar de estarem abertas a comunicações sobre as suas grifes
prediletas, estas consumidoras não gostam de receber informações sobre
os pontos de venda. O tipo de contato menos desejado são as informações
sobre inaugurações de lojas por meio do correio eletrônico (33%). “Esses
dados são importantes para que as marcas saibam como se aproximar das
suas clientes. As lojas precisam manter contato, mas é importante também
saber quando e o que apresentar”, conta Lusia Nicolino.
A personalização no atendimento é outro ponto levado em consideração
pelo comprador de alta renda brasileiro, que gosta de ter o seu estilo
reconhecido pelas funcionárias das lojas. De acordo com a pesquisa, 17%
das entrevistadas disseram que o que mais encanta no atendimento é a
vendedora acertar prontamente o estilo e o que a cliente busca, além de
deixá-la à vontade. “São clientes exigentes quanto ao atendimento e que
querem qualidade. Elas esperam que seus gostos sejam conhecidos pelas
vendedoras e gostam de ter um relacionamento com as suas marcas
preferidas”, explica a Diretora de Marketing e Inovação da La Clé.
Entre os atributos considerados como indispensáveis para uma boa
vendedora foram citados a gentileza, cordialidade e educação. As
compradoras de luxo afirmaram ainda darem preferência para funcionárias
atenciosas, solícitas, bem-humoradas, simpáticas e que conheçam bem a
marca ou produto que estejam vendendo.
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