O brasileiro gasta em média 16% de sua renda com alimentação (dentro e
fora de casa) e 7% com compra de carros. A maior despesa mensal é de
29%, com habitação, item que inclui aluguel, contas de luz, água, gás,
telefone fixo e celular, internet e TV por assinatura, entre outros.
Os dados constam da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e se
referem aos anos de 2008 e 2009. Apesar de ter sido finalizada há três
anos, a pesquisa só foi divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (14).
Com educação, o brasileiro gasta por mês 2,5% de seu rendimento. Com
plano de saúde, é 1,7%. Recreação e cultura consomem 1,6%. A despesa com
aluguel atinge quase 13% do orçamento mensal. O transporte público
representa 2,2% dos gastos mensais.
Esta é a segunda vez em que a POF é realizada em todo o país. A
primeira com essa abrangência ocorreu em 2002-2003. Segundo o IBGE, a
Pesquisa de Orçamentos Familiares tem o objetivo de medir os gastos e os
rendimentos das famílias, além de permitir traçar um perfil das
condições de vida da população brasileira a partir da análise de seus
orçamentos domésticos.
Doações: evangélicos gastam mais e espíritas, menos
A religião interfere na quantidade gasta mensalmente com pensões,
mesadas e doações. Os percentuais são significativamente maiores nas
famílias de evangélicos de missão (20,2%), evangélicos de origem
pentecostal (19,2%) e outros evangélicos (13,3%), enquanto representa
apenas 7,6% para as de espíritas, 9,2% para as de católicos e 9,5% para
as de sem religião e não determinadas.
A POF mostrou que a despesa média mensal familiar com viagens foi de R$
50,16. Para as famílias com rendimentos de mais de R$ 3.015,00 mensais,
a despesa média foi de R$ 147,63, quase o triplo da média nacional.
Nas viagens, o peso do transporte foi de 48,7% na média nacional para
todas as classe de renda. O segundo item com maior peso foi alimentação,
com 22,6%. Para quem ganha acima de R$ 3.015,00, os itens pacotes
turísticos (12,8%) e alojamento e aluguel de imóveis por temporada
(11,6%) tiveram participação bem mais significativa.
Quanto maior o nível escolar, maior os gastos com viagem. Se a pessoa
tem pelo menos o nível médio incompleto, a estimativa de despesa média
mensal familiar com viagem foi de R$ 187,61, quase quatro vezes a
estimativa nacional (R$ 50,16).
A maior parte das viagens é motivada por férias: lazer, recreio e
férias compõem 37,9% das razões para viajar. Depois vêm visita a
parentes e amigos (22,3%), negócios e motivos profissionais (15,8%) e
tratamentos médicos (8%).
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