Snowland de Gramado será 1º espaço de neve indoor da América Latina.
Para o próximo ano em Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul,
a previsão não deixa dúvidas: haverá neve. Não se trata de uma
informação privilegiada das centrais meteorológicas para o famoso
inverno gaúcho, mas da criação de um parque de neve indoor, o Snowland. O
projeto cria um mundo de fantasia com charme europeu e estrutura
preparada para receber até 5 mil visitantes por dia. O empreendimento
deve gerar empregos e atrair ainda mais turistas para a região a partir
de novembro de 2013.
Imagine chegar a um vilarejo do Velho Continente, no sopé de uma
montanha nevada, com temperaturas abaixo de zero e uma série opções de
entretenimento, compras e gastronomia. Pois este é o cenário prometido
pelo empresário André Caliari, que há cinco anos, junto do irmão
Anderson, teve a ideia de criar um parque temático na cidade serrana,
onde nasceu e mora até hoje. "Queríamos construir algo que fosse
inovador, mas não apenas uma 'onda', uma moda passageira", conta ele,
que é dono de outros estabelecimentos na região.
Dessa maneira, ficou decidido que um espaço para turismo na neve seria o
ideal. A partir de então, deram início a uma rota de pesquisa e visitas
a estações de esqui, sempre em busca de inspiração. De Bariloche, na
Argentina, a Sölden, na Áustria, todas as viagens contribuíram de alguma
forma para que o projeto em Gramado fosse o mais completo possível,
segundo André. "Nossa ideia é que a pessoa, ao entrar no parque, seja
transportada para um mundo encantado, em que seja possível abstrair a
realidade. Pensamos em um lugar onde os visitantes passem por uma
experiência única e inesperada."
Ideia é que o visitante se sinta em um vilarejo com temperaturas baixíssimas (Foto: Divulgação/Snowland)
Para tanto, o Snowland terá 48 mil m² (14,8 mil m² de área coberta e
7,3 mil m² de área com neve) e tecnologia importada para produzir a
neve. Na parte "montanhosa" da estrutura, serão praticados esqui,
snowboarding, airboarding e outros esportes radicais. Haverá instrutores
e roupas especiais para enfrentar as baixas temperaturas de forma
segura. Estão previstas ainda áreas com pista de patinação no gelo,
tobogãs, jogos de bolinhas de neve e área para caminhadas de exploração.
A gastronomia foi pensada como parte fundamental no contexto. Para a
vivência ser completa, na praça de alimentação para 1 mil pessoas, com
dois restaurantes e um bar, serão servidos pratos típicos de países
costumeiramente conhecidos pelo turismo do frio, como o Chile e a Suíça.
Tudo servido em um espaço de 120 metros com vista privilegiada para a
área com neve. Para os que preferem ir às compras, um complexo de lojas
variadas estará à disposição.
Complexo de lojas (Foto: Divulgação/Snowland)
O parque está sendo construído desde janeiro em uma área próxima à
ERS-235, na chamada Linha Carazal, que liga Gramado a Nova Petrópolis.
"Escolhemos essa localização porque lá o homem já foi introduzido, ou
seja, o impacto na natureza será minimizado", explica André, ressaltando
que a previsão é de que as portas sejam abertas até novembro de 2013.
A iniciativa deve ter reflexo na economia de toda a região. A obra,
avaliada em R$ 60 milhões e construída com a participação de outros sete
empreendedores gaúchos, vai gerar 150 empregos diretos e cerca de 600
indiretos. Além disso, a expectativa é de que possa contribuir no tempo
de permanência do turista. Como o parque não tem hotel, os visitantes
invariavelmente usarão a infraestrutura do entorno. "O Snowland é nosso
projeto da vida e o principal objetivo é de que ao sair de lá o turista
esteja tão positivamente impactado que queira imediatamente voltar", diz
André.
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