Saiba quais são as contas que estão nos sonhos dos publicitários brasileiros
Se um publicitário brasileiro pensar
em algumas marcas para as quais ele gostaria de trabalhar, é quase certo
que a Nike estará entre elas. A marca foi considerada “muito desejada”
por nada menos que 96% dos participantes brasileiros de uma pesquisa
internacional encomendada pela The Talent Business junto à Bonamy Finch
(confira pesquisa abaixo).
Se consideradas as respostas de
todas as nacionalidades, o mesmo anunciante é citado como “muito
desejado” por 86% das pessoas.
A Nike têm se destacado
especialmente nos últimos três anos no Festival de Cannes, onde
conquistou uma série de Grand Prix. A Nike foi premiada por
“Livestrong”, da Wieden+Kennedy Portland, em Integrated Lions,
“Chalkbot”, da mesma agência, vencedora do grande prêmio em Cyber Lions,
ambos em 2010, por “Write the Future”, da Wieden+Kennedy Amsterdã, em
Film Lions no festival de 2011, e “Nike+Fuel Band”, da R/GA, prêmio
máximo em Titanium Lions e Cyber Lions em 2012.
Coincidentemente, neste momento a Nike avalia a possibilidade de trocar
de agência no Brasil, onde é atendida pela F/Nazca S&S há sete anos –
um dos possíveis destinos é a Wieden+Kennedy, tradicional parceira da
marca nos Estados Unidos e na Europa.
Cerca de 400 pessoas dos
setores de criação, planejamento e atendimento foram ouvidas em 10
países para que apontassem o quanto desejavam uma marca dentro de uma
lista de 27 grandes anunciantes – a restrição visa representar no
ranking apenas empresas com presença e relevante apelo de comunicação em
todos os países pesquisados. Nas próximas edições do estudo, serão
citadas empresas locais, “como é o caso de diversas marcas brasileiras
que investem alto e acreditam na comunicação”, segundo comunicado da The
Talent Business.
Até a oitava colocação do ranking, as marcas
mais desejadas pelos brasileiros são as mesmas do total mundial, e com
apenas uma inversão de posição, já que a Volkswagen, terceira mais
desejada pelos brasileiros, é a quinta no ranking global, enquanto o
Google faz a via inversa e cai para quinto no Brasil. Deste modo, além
das três já citadas, se destacam nas primeiras posições dos dois
rankings Apple, Adidas, Coca-Cola, Pepsi e Diageo.
“As maiores
diferenças das duas análises envolvem a General Motors, que é mais
desejada no Brasil, ocupando o 11º lugar contra o 20º no total mundial,
e, por outro lado, a American Express, que ocupa um bom nono lugar no
panorama global e vê o índice de desejo despencar para o 22º lugar em
território nacional”, avalia Ana Leme, diretora administrativa da The
Talent Business Brasil.
Razões do desejo
O que Nike, Apple e as demais líderes do ranking brasileiro tem que
atraem tanto aos publicitário? O ranking ofereceu determinados critérios
como referência para os respondentes, dentre elas o quanto a empresa
valoriza as ideias, o quanto ela trabalha em colaboração, o quanto
presta atenção em marketing digital, o quão global é o impacto de sua
comunicação e, claro, o quanto ela já foi premiada em festivais.
Desta forma, 85% dos brasileiros consideraram “extremamente importante”
trabalhar com anunciantes que valorizam ideias. Outros 55% citaram ser
fundamental que os clientes tenham reputação de trabalhar de forma
colaborativa. Nos resultados globais, os resultados foram muito
parecidos e estes quesitos são considerados os mais relevantes.
Por outro lado, apenas 12% dos pesquisados no Brasil consideraram ser
“extremamente importante” trabalhar em campanhas com impacto global. Os
prêmios anteriores são fatores essenciais para apenas 20% das pessoas no
País. Os dois “drivers” também foram os menos citados como fatores
imprescindíveis na amostra global.
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