Marca suíça ganha a rivalidade da Danone no mercado de leites especiais e da Lacta na categoria de chocolates aerados
A maior empresa de alimentos do mundo, a Nestlé, não pára de ganhar
concorrentes. Somente nesta semana, surgiram dois rivais para a marca
suíça. Um deles chega pelas mãos da norte-americana Kraft Foods, que
passa a disputar o mercado de chocolates aerados com a marca Bubbly. O
chocolate “cheio de bolhas” da centenária Lacta, marca que pertence à
Kraft desde 1996, vai brigar com o líder da Nestlé, o Suflair, com 32
anos de criação. O novo chocolate chega às prateleiras no início de
julho com a ambição de abocanhar 20% do mercado ao final do primeiro ano
de operação.
A principal inovação do Bubblly é o seu formato
repleto de bolhas, que traduz o significado do próprio nome do produto.
Com 110 gramas, o tablete lançado recentemente na Austrália e na
Inglaterra surge como um convite irresistível para que também o
brasileiro siga a assinatura da marca Lacta e “entregue-se”. Apesar de
ser o quarto maior produtor mundial de chocolates - atrás dos Estados
Unidos, Alemanha e Inglaterra - o Brasil perde no consumo per capta, que
gira em torno de 2,2 quilos de chocolate ao ano, segundo a Abicab
(Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas
e derivados), enquanto cada inglês, por exemplo, chega a consumir 10
quilos do alimento no mesmo período.
O outro oponente da Nestlé
vem da França. É a Danone, que acaba de anunciar a sua entrada no
segmento de leite longa vida premium, avançando sobre um mercado que em
2011 cresceu 54% em volume de vendas na Nestlé, a precursora da
categoria. A decisão acirra a rivalidade de ambas as marcas também nos
mercados de iogurtes, além de água mineral. De acordo com informações do
jornal O Estado de S. Paulo, a investida coloca a Danone num mercado em
franca expansão.
Em 2011, o volume das vendas de leites
enriquecidos com vitaminas cresceu 31,4%, enquanto o consumo das
variantes comuns registrou queda de 0,4%. Os dados da Kantar fornecidos
ao Estadão mostram ainda que o consumo de leite de caixinha alcançou 5,7
bilhões de litros no País no ano passado, um avanço que provoca a
segmentação do mercado e a consequente atração de novos players que,
como a Danone, chegam tanto para participar das vendas da categoria
quanto para reforçar o core business da companhia, a fabricação dos
iogurtes.
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