segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Renault Fluence GT é para ligeirinhos

Versão topo de linha estreia no país a marca GT da Renault. Motor 2.0 turbo rende até 180 cv



A Renault aparentemente não estava contente com a família Fluence e resolveu que era hora de apimentar a relação. Para isso, a marca traz agora ao país o Fluence GT. A sigla depois do nome não é um mero detalhe. Trata-se de uma referência à divisão Renault Sport, responsável pelos carros esportivos da fabricante vendidos na Europa.
O sobrenome de peso exige um tratamento cuidadoso com o Fluence. Por isso, nada de fazer apenas algumas adaptações estéticas no modelo. Foi preciso mexer na alma do carro. O motor escolhido é o mesmo 2.0 16v do Mégane GT europeu, ou, se preferir, do Duster vendido por aqui acrescido de turbo “twin scroll” e alterações em pistões, bielas, virabrequim e bronzinas, que foram reforçados.
Por conta da turboalimentação, o propulsor gira apenas a gasolina (é flex, no jipão). Com as modificações, a potência máxima subiu de 142 cv para 180 cv. Já o torque máximo passou para 30,6 kgf.m (contra 20,9 kgf.m da versão aspirada).
Com estes números, o Fluence GT se torna o modelo com o maior torque de sua categoria à venda no país. À frente, por exemplo,  do Peugeot 408 THP (24,5 kgf.m e do VW Jetta TSi (28,5 kgf.m), como fez questão de ressaltar o comunicado da empresa à imprensa. Quanto à potência máxima, o líder do segmento ainda é o Jetta TSi, que rende até 200 cv de potência.
Antes de virar a chave – ops, vício de linguagem, já que no Fluence GT  basta manter o cartão no bolso e apertar  o botão Start –,  uma conferida no visual. Na dianteira, um discreto spoiler embaixo do para-choque. Na lateral, saias na cor da carroceria. E, na traseira,  pequeno aerofólio acima da tampa do porta-malas e um extrator de ar na cor preta na parte de baixo. O desenho das rodas (205/55 R17) são exclusivos da versão.
No interior, completa o visual “foguetinho” os bancos dianteiros com abas pronunciadas e costuras vermelhas, pedaleiras esportivas e um painel de instrumentos exclusivo, com velocímetro digital.
Na pista /Mudanças conferidas,  hora de saber o que o GT é capaz. A primeira volta ocorre em trecho de rodovia via sinal. O movimento intenso de caminhões é ótima desculpa para conferir a retomada do Fluence. E ela é boa. O turbolag (demora na resposta do motor depois que se pisa no acelerador) praticamente não é sentido. Ajuda também o câmbio ser manual (seis marchas). O GT responde com saúde de atleta acostumado a correr os 100 metros rasos em menos de 10 segundos.
A suspensão foi recalibrada, mas não chega a ser dura. O GT é firme nas curvas, mas sem incomodar com solavancos. Somente as acelerações poderiam ser mais vigorosas. Segundo a Renault, o GT faz de 0 a 100 km/h em 8 segundos. O que não é ruim, mas é que a gente fica mal acostumado com o sobrenome GT.
Ficha técnica Fluence GT
PREÇO ESTIMADO:   R$ 79.370
ORIGEM: Argentina
MOTOR: Transversal, a gasolina, quatro cilindros, 16 válvulas, com duplo comando de válvulas  e turbo, 1.998 cm³. Potência de 180 cv (a 5.500rpm) e torque de 30,6 kgfm (2.250rpm )
TRANSMISSÃO: Manual de seis marchas. Tração dianteira
PNEUS: 205/55 R 17
DIMENSÕES:  4,64 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,47 m de altura e 2,70 m de entre-eixos
DESEMPENHO  De 0 a 100 km/h em 8  segundos  e máxima de 220 km/h (limitada)
Bom pacote de equipamentos justifica o preço mais alto
Além de apimentar o Fluence com motor turbo, a Renault fez questão de rechear o GT com equipamentos.  Não há opcionais.
Por R$ 79.370,  a versão top de linha da marca no  país vem equipada com seis air bags, controles de estabilidade (ESP) e de tração (ASR), freios a disco nas quatro rodas com ABS, distribuição eletrônica de frenagem (EBD) e auxílio de frenagem de urgência. Tudo isso só em relação à segurança. Com relação ao conforto, a versão traz tela de cinco polegadas integrada ao painel com GPS, CD player com bluetooth, ar-condicionado bizone, bancos forrados em couro, teto solar elétrico, direção elétrica multifunção, acendimento automático dos faróis de xenon, que contam com regulagem de altura e lavadores.
Ou seja, mesmo que você não seja fã de um desenho mais esportivo, o Fluence GT vale a pena também pela sua ampla lista de equipamentos de série.
Peugeot 408, Honda Civic, Toyota Corolla, VW Jetta, Ford Focus e companhia que se cuidem. O GT vem aí.    

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