No meio do principal eixo corporativo de alto padrão da cidade, o
distrito do Itaim Bibi, composto por bairros como Vila Olímpia e
Brooklin, também se destaca no mercado de lançamentos. A localidade
atraiu 23 empreendimentos de janeiro do ano passado a agosto último, de
acordo com dados do Geoimovel. O bom desempenho deve-se ao Brooklin, com
a metade dos novos empreendimentos da área.
A região foi beneficiada pela Operação Urbana Água Espraiada, que
permitiu, para as empresas, a compra de Certificados de Potencial
Adicional de Construção (Cepacs), elevando o potencial construtivo dos
terrenos. Os Cepacs são papeis imobiliários negociados pela Prefeitura
no mercado financeiro para a obtenção de recursos para as obras das
operações urbanas.
No último leilão realizado pelo poder público municipal, cada papel
foi negociado por cerca de R$ 1,2 mil. O valor elevado fez com que as
empresas do setor investissem em projetos sofisticados no bairro – 67%
das unidades lançadas têm, pelo menos, padrão médio alto.
“O incorporador pensa em qual é o maior valor que ele pode pagar pelo
título para que ele consiga vender o empreendimento. E lá isso é
viável”, diz o diretor corporativo da empresa de pesquisas, Celso de
Sampaio Amaral Neto. O Brooklin dá continuidade ao conjunto corporativo
iniciado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, hoje o endereço mais caro da
capital.
É uma região com terrenos disponíveis e demanda por eles. Trata-se da
primeira fronteira de extensão do Itaim”, diz o diretor de incorporação
da Even. Marcelo Dzik. A companhia lançou em agosto o mais recente
residencial da área, batizado de Somma, com unidades de quatro
dormitórios ou três suítes na Rua Arizona. A incorporadora prepara ainda
dois lançamentos na região nos próximos meses.
Segundo Dzik, o Brooklin conquista espaço antes ocupado por Moema e
Campo Belo, mas se caracteriza dos demais pela diversidade dos projetos.
“Ele tem um perfil um pouco menos tradicional”, diz o executivo, que vê
espaço tanto para o desenvolvimento de compactos quanto projetos para o
público familiar.
A movimentação do mercado ocorre principalmente próximo a Avenida
Jornalista Roberto Marinho. Ruas como Califórnia, Flórida e Nova York
concentram a maior parte dos edifícios, que, aos poucos, verticalizam a
tradicional região de casas.
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