Opção é a melhor para quem faz questão de descansar o pé esquerdo.
Por uma equação pouco precisa, que leva em conta o peso do tambor de
GNV e o gasto maior deste combustível por ter poder calorífico menor do
que o da gasolina, taxistas não costumam se interessar pelo câmbio
automático. Mesmo com a fama de um item “gastão”, a GM aposta na
tecnologia e lança o Chevrolet Cobalt com um novo powertrain que inclui
as opções de câmbio automático de seis velocidades ou manual sob o
comando do motor 1.8 Econo.Flex.
Cobalt LTZ 1.8 automático estreia por R$ 49.990 (Foto: Divulgação)
A proposta da General Motors é entregar mais torque ao carro, que peca
um pouco em desempenho na versão 1.4 pelo seu peso, harmonizando com o
conforto do câmbio automático. E a montadora sabe que a opção mais vai
agradar a famílias do que ao seu principal público, os taxistas. A
versão de entrada do 1.8, a LT, custa R$ 43.690, com câmbio manual, e R$
46.690, automática. A LTZ sai por R$ 46.990 (manual) e R$ 49.990
(automática).
“Queremos incrementar em 1.500 unidades por mês as vendas do Cobalt, de
5.000 para 6.500 unidades mensais”, diz o diretor de marketing da
Chevrolet, Gustavo Colossi. Segundo ele, no entanto, a montadora aposta
em vendas bem equilibradas: 50% da versão 1.4 e 50% da versão 1.8.
Equipamentos de série
Visualmente, as mudanças são
bem discretas e difíceis de perceber, entre a versão 1.4 e a 1.8: as
calotas do 1.8 LT têm desenho exclusivo e a versão LTZ traz rodas de
liga-leve com acabamento diamantado. Além disso, spoiler traseiro e
faróis dianteiros possuem acabamento em dark chrome (as máscaras são
levemente escurecidas) e as lanternas traseiras deixam os refletores
cromados à mostra.
A versão LT vem com ar-condicionado, direção hidráulica, desembaçador
traseiro e travas elétricas. Além disso, conta com airbag duplo frontal,
grade dianteira cromada, coluna de direção com regulagem de altura,
freios ABS com EBD, vidros elétricos nas portas dianteiras, alarme
anti-furto, computador de bordo e luz de leitura para os passageiros do
banco de trás.
Chevrolet Cobalt 1.8 LTZ tem acabamento superior ao do LT (Foto: Divulgação)
Na LTZ, além dos itens oferecidos na LT, o Cobalt traz farol de neblina
dianteiro, maçanetas internas e comandos do ar-condicionado cromados,
volante com revestimento em couro e controles de rádio e celular, barra
cromada na traseira, rádio AM/FM com leitor para CD/MP3, Bluetooth e
entrada USB, espelhos retrovisores com regulagem elétrica, acionamento
elétrico para todos os vidros e sensor de estacionamento.
Torque maior, potência quase a mesma
O G1
avaliou o Chevrolet Cobalt, nas versões LT e LTZ, em um teste rápido no
campo de provas da General Motors, em Indaiatuba (SP). O primeiro
aspecto notado foi a pouco diferença entre o motor 1.4 e o 1.8. Tudo bem
que a GM queira reforçar o torque do carro com o novo motor — 90% da
força está disponível a 2.500 rpm (vai até 3.200 rpm). Isso o deixa mais
ligeiro para ultrapassagens e retomadas, o que ajuda muito na cidade,
por causa do trânsito. O torque é de 17,1 kgf.m com etanol e 16,4 kgf.m
com gasolina, nas 3.200 rpm.
Porém, o motor 1.8 desenvolve 108 cavalos com etanol e 106 cavalos com
gasolina a 5.400 rpm. O que pode ser considerado bem pouco para o porte
tanto do propulsor quanto do carro, que pesa 1.149 kg em ordem de
marcha. Para comparar, o motor 1.4 tem 102 cv de potência, embora sejam
apenas 13 kgfm de torque a 3.200 rpm.
Câmbio automático do Cobalt é de seis marchas
(Foto: Divulgação)
Câmbio do Cruze é diferencial do Cobalt
Por isso, o grande diferencial da opção mais cara do Cobalt está na
transmissão automática GF6, de seis marchas — a mesma que equipa Cruze e
Spin e com opção de trocas manuais. Ela não é exatamente a oitava
maravilha do mundo das transmissões automáticas, mas cumpre bem o papel
de descansar o pé esquerdo sem sobrecarregar o pescoço com trancos.
A demora na resposta é nitidamente sentida quando se pisa bem fundo no
acelerador para fazer uma ultrapassagem, mas isso acontece mais em
situações que exigem velocidades mais altas do carro. No velho anda,
para, anda, para, anda, para da cidade, não vai fazer a menor diferença.
E ela complementa o conforto da excelente estabilidade do carro, que
não titubeia em curvas, e da boa suspensão. Soma-se a isso, o conceito
mesmo do projeto do Cobalt, de se tratar de um carro mais mole. Para
quem vive no trânsito é um carro que não cansa.
Chevrolet Cobalt LT com câmbio automático tem preço de estreia de R$ 46.690 (Foto: Divulgação)
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Conclusão
Pais e mães de família que valorizam a transmissão automática ou mesmo
taxistas que abandonam o preconceito do consumo e se entregam ao
descanso de uma das pernas vão encontrar no Cobalt 1.8 automático a
melhor opção de custo-benefício da linha. Se for considerar os modelos
concorrentes, o famoso porta-malas de 563 l do modelo da Chevrolet vai
pesar muito nesta conta.
Por outro lado, para aqueles que o câmbio manual é fundamental — o
velho gosto por trocar as marchas e “sentir” o carro —, o motor 1.4 não
deixará a desejar em relação ao 1.8. O câmbio manual de cinco marchas da
GM é um dos itens que realmente surpreendem o motorista pela qualidade.
Ele tem encaixes suaves e precisos, e uma alavanca na medida certa para
facilitar as trocas.
Além disso, o acabamento é o mesmo, sendo qualquer versão LTZ só um
pouco melhor nos materiais utilizados. Aliás, esta categoria em si peca
por acabamento, vide Logan, Grand Siena, Voyage etc.
Cobalt LT 1.8 tem poucas mudanças estéticas (Foto: Divulgação)
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