Diferente de concorrentes como Polishop, a estratégia de crescimento
da rede Home & Cook, para marcas produzidas pela Seb, é considerada
tímida.
Chapinhas de cabelo, panelas, aspiradores de pó e chopeiras. As
lojas Home & Cook, do grupo Seb, fabricante de marcas como Arno e
Rochedo, têm de tudo um pouco e tentam, há quatro anos, emplacar no
país.
No mundo, a rede é um gigante com quase 1,5 mil pontos de venda
próprios. No Brasil, existem 29 lojas em operação, o que dá uma média de
sete aberturas por ano.
O ritmo de inaugurações é bem menor do que uma de suas principais
concorrentes, a Polishop. Com 152 lojas próprias no país, a companhia
tem aberto por volta de 15 unidades por ano.
Para especialistas, a falta de pressa na expansão e os locais
escolhidos pela Home & Cook demonstram um perfil de quem prioriza a
visibilidade da marca.
Nos estados de Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e
Santa Catarina, a companhia mantém, em cada um, duas lojas em
funcionamento.
"Para fazer frente à concorrência, o ideal seria que a rede tivesse
um número maior de lojas em cidades que apresentam um mercado de consumo
interessante. Ter poucas unidades, sendo estas muito espalhadas, como é
o caso, demonstra uma intenção de apenas tornar a marca conhecida",
afirma Nuno Fouto, professor do Programa de Administração do Varejo
(Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA).
No Distrito Federal, a companhia possui uma unidade e o Rio Grande do
Sul abriga três lojas. Somente em São Paulo é que a Home & Cook
apresenta uma concentração maior de pontos de venda: 15 no total.
Mesmo parecendo mais encorpada no estado paulista, a rede ainda é uma
nanica perto dos gigantes que disputam este concorrido mercado. Em
2007, quando chegou a cidade de São Paulo, o Magazine Luiza abriu quase
50 lojas de uma vez.
Para Luiza Helena Trajano, proprietária da rede, seria impossível
fazer cócegas na concorrência se a empresa optasse por entrar neste
mercado com um número menor de unidades.
"Para ser competitivo em São Paulo é necessário ter mais lojas. No
segmento de eletrodomésticos, preço é fundamental. E para ter preço é
necessário ter escala", diz Fouto.
A Home & Cook tenta não ficar somente no eletrodoméstico básico.
Em suas lojas, o mix de produtos conta com algumas de suas marcas que
não são produzidas no Brasil como, por exemplo, a Krups. Um porta chope
desta grife custa cerca de R$ 500.
"O comércio varejista oferece margens de lucro mais atrativas do que a
indústria. Este também é um dos incentivos para a indústria optar por
atuar diretamente neste canal de venda. Outra vantagem é estar perto do
cliente final e aprender com quem decide a compra", afirma Maurício
Galhardo, especialista em varejo da consultoria Praxis Education.
Procurado, o grupo Seb não atendeu aos pedidos de entrevista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário