Nas redes sociais, informação e conteúdo são a
chave do negócio. É com esses ingredientes que a agência Ampfy,
especializada na construção de marca na internet, vê o sucesso de ações
para o online. Fundada há oito meses por Gabriel Borges, ex-diretor da
LikeStore, e Fred Siqueira, ex-criativo da WMcCann, a agência pode ser
considerada uma startup de publicidade.
Capitalizada por um fundo de investimento, seu
escritório na Vila Madalena, em São Paulo, tem 21 pessoas, e a agência
já administra contas digitais de clientes importantes, como Gatorade e
Mitsubishi. Também desenvolveu projetos em mídias sociais para Sky e
para a marca Visa, em parceria com a AlmapBBDO.
A agência começou a ser pensada no final de
2011, quando Borges, que responde como ceo da Ampfy, deixou a LikeStore,
startup de social commerce que permitia operações financeiras dentro do
Facebook. Com um mestrado de marketing avançado na Inglaterra e
passagem pela AgênciaClick Isobar, onde liderou a implantação da área de
estratégia de marketing entre 2006 e 2010, o executivo passou a notar
sintomas do mercado que ofereciam uma oportunidade, segundo ele.
“Naquele momento, gestores de marca não
questionavam mais o poder do social media, mas não existiam operações
que respondiam às marcas sobre como fazer bem”, lembra. “Analisei
empresas que faziam ações no meio e percebi que todas vieram de
entusiastas que aprenderam a lidar com ferramentas e ofereciam soluções,
mas não tinham experiência nem vivência”, relata. Ao decidir montar sua
operação dedicada a mídias sociais, Borges convidou Fred Siqueira,
ex-W/McCann e ex-AKQA, para liderar a frente criativa.
Ferramentas
A agência flerta com a teoria de buzz gerado
pelo boca-a-boca e da amplificação por meio do compartilhamento. “Não
existe conexão nas redes sociais, mas conversas”, diz, assegurando que a
melhor forma de participar desses diálogos é dividindo informação. “As
marcas são o que elas compartilham. O consumidor gosta de pegar conteúdo
emprestado e, se algo é interessante, ele será viralizado”.
O trabalho da Ampfy consiste em encontrar ativos
sociais e fomentá-los para serem divididos, além de criar comunidades
que sirvam como catalisadores de conteúdo. Ele indica que as marcas não
devem ser personalistas e precisam encontrar equilíbrio entre o material
relacionado a elas e os conectados ao ambiente macro onde ela atua. “O
share é o valor fundamental e o Facebook tem uma lógica traiçoeira:
quanto menos relevante um post, tanto menos será exibido para os
usuários”, argumenta.
Para encontrar o que chama de “ponto ótimo”
entre personalismo e generosidade no conteúdo, a agência utiliza
ferramentas de monitoramento e de commitment e aposta em especialistas
para a produção de conteúdo e em curadores, que filtram o que, de fato, é
relevante para ser postado. Borges não revela o aporte nem o grupo que
capitalizou a agência, e diz que a empresa ainda não pagou o volume
investido, mas destaca que a evolução financeira é positiva. “A receita e
as contas estão próximas do equilíbrio”, diz.
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