terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ampfy foca amplificação por compartilhamento

Com oito meses de vida, agência desenvolve trabalhos para Gatorade e Mitsubishi

Nas redes sociais, informação e conteúdo são a chave do negócio. É com esses ingredientes que a agência Ampfy, especializada  na construção de marca na internet, vê o sucesso de ações para o online. Fundada há oito meses por Gabriel Borges, ex-diretor da LikeStore, e Fred Siqueira, ex-criativo da WMcCann,  a agência pode ser considerada uma startup de publicidade.
Capitalizada por um fundo de investimento, seu escritório na Vila Madalena, em São Paulo, tem 21 pessoas, e a agência já administra contas digitais de clientes importantes, como Gatorade e Mitsubishi. Também desenvolveu projetos em mídias sociais para Sky e para a marca Visa, em parceria com a AlmapBBDO.
A agência começou a ser pensada no final de 2011, quando Borges, que responde como ceo da Ampfy, deixou a LikeStore, startup de social commerce que permitia operações financeiras dentro do Facebook. Com um mestrado de marketing avançado na Inglaterra e passagem pela AgênciaClick Isobar, onde liderou a implantação da área de estratégia de marketing entre 2006 e 2010, o executivo passou a notar sintomas do mercado que ofereciam uma oportunidade, segundo ele.
“Naquele momento, gestores de marca não questionavam mais o poder do social media, mas não existiam operações que respondiam às marcas sobre como fazer bem”, lembra. “Analisei empresas que faziam ações no meio e percebi que todas vieram de entusiastas que aprenderam a lidar com ferramentas e ofereciam soluções, mas não tinham experiência nem vivência”, relata. Ao decidir montar sua operação dedicada a mídias sociais, Borges convidou Fred Siqueira, ex-W/McCann e ex-AKQA, para liderar a frente criativa.
Ferramentas
A agência flerta com a teoria de buzz gerado pelo boca-a-boca e da amplificação por meio do compartilhamento. “Não existe conexão nas redes sociais, mas conversas”, diz, assegurando que a melhor forma de participar desses diálogos é dividindo informação. “As marcas são o que elas compartilham. O consumidor gosta de pegar conteúdo emprestado e, se algo é interessante, ele será viralizado”.
O trabalho da Ampfy consiste em encontrar ativos sociais e fomentá-los para serem divididos, além de criar comunidades que sirvam como catalisadores de conteúdo. Ele indica que as marcas não devem ser personalistas e precisam encontrar equilíbrio entre o material relacionado a elas e os conectados ao ambiente macro onde ela atua. “O share é o valor fundamental e o Facebook tem uma lógica traiçoeira: quanto menos relevante um post, tanto menos será exibido para os usuários”, argumenta.
Para encontrar o que chama de “ponto ótimo” entre personalismo e generosidade no conteúdo, a agência utiliza ferramentas de monitoramento e de commitment e aposta em especialistas para a produção de conteúdo e em curadores, que filtram o que, de fato, é relevante para ser postado.  Borges não revela o aporte nem o grupo que capitalizou a agência, e diz que a empresa ainda não pagou o volume investido, mas destaca que a evolução financeira é positiva. “A receita e as contas estão próximas do equilíbrio”, diz.

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