quarta-feira, 25 de julho de 2012

Volkswagen Gol Power 1.6 põe cara nova na alma de sempre



  Em time que está ganhando não se mexe? O ditado não vale para a Volkswagen, que quer provar o contrário com o lançamento do Gol "G6". Sim, G6, de Geração 6, como eles mesmos sobrenomearam o carro durante a apresentação (na verdade, trata-se de um facelift da terceira geração, conhecida como G5).

VW Gol Power 1.6 2013: aparência nova com a mesma essência -- e essa é a melhor notícia
Após quatro anos sem alterações estéticas, o líder de vendas do Brasil desde 1986 entrou na onda de "identidade visual" e ganhou a cara do Fox, como já era esperado. A ideia ao atualizar o visual é reforçá-lo ainda mais contra a concorrência -- aliás, principalmente contra aqueles que ainda nem chegaram, casos de Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Toyota Etios.

GOLAÇO
Por fora, o Gol ficou mais bonito. Sim, é a mesma frente do Fox e do resto da turma (Jetta, Passat e, claro, o Voyage), mas ela não deixa de ser elegante e atual. A traseira ganhou ar de Polo europeu e prova que uma leve mexida pode mudar o aspecto do carro: o hatch ficou com aparência mais agressiva, principalmente nas versões mais caras.

O cluster abandonou a cor azul, reinaugurada no "G3", e voltou a utilizar fundo branco como no "G4" (ainda em linha), só que mais claro e organizado: antes com apenas um mostrador no G4, agora o painel de instrumentos é duplo e já traz de série conta-giros, item não existente no model antigo.
  • Interior manteve o formato e refinamento e ainda ganhou cuidados, como os detalhes cromados

Os detalhes internos, que já podiam ser considerados dos mais bem-cuidados do segmento, ganharam ainda mais esmero e vidros dianteiros e travas elétricas viram itens de série desde a versão mais básica. Além disso, o Gol passa a oferecer ainda mais equipamentos na configuração de entrada.

São eles: botão interno para abertura do porta-malas, banco do motorista com regulagem de altura, desembaçador, limpador e lavador do vidro traseiro com temporizador, cintos traseiros retráteis (somente os laterais), para-sóis com espelho e chave de seta com função de um toque (que pisca três vezes a luz de seta automaticamente).

Apesar do upgrade no conjunto, a lista de opcionais do novo Gol continua gigantesca, e por isso a diferença de preço entre a configuração "pé-de-boi" e uma minimamente equipada é maior ainda. Anote: o primeiro pacote opcional chama-se Trend e adiciona direção hidráulica, rodas de aço de 15 polegadas com calotas, sistema de som com MP3, USB e Bluetooth, além de 4 alto-falantes e 2 tweeters, computador de bordo e volante multifuncional (somente com os comandos de rádio). Já o opcional Bluemotion Technology soma ao conjunto pneus com menor resistência à rolagem e indicador de troca de marcha e de consumo instantâneo. A união desses dois pacotes chama-se I-Trend Bluemotion Technology; apesar de ainda não ter preço oficial, não deve sair por menos de R$ 3 mil.
Tem mais: é possível aplicar opcionais individuais, entre eles, ar-condicionado, vidro elétrico nas quatro portas, chave-canivete e travamento central das portas por botão no painel, alarme, retrovisor direito rebatível para auxílio em manobras (tilt down, como no Polo), rodas de liga-leve de 14 polegadas, faróis e lanterna de neblina, airbag duplo, freios ABS (antitravamento) e sensor de estacionamento. A lista completa você pode ver aqui

ACELERA
UOL Carros participou de test-drive com a versão 1.6 Power pela ilha de Florianópolis, em Santa Catarina, na semana passada. E a sensação mais importante oferecida pelo carro é a de que o Gol mudou, sem mudar tanto. O 1.6 já era divertido de se dirigir e manteve essa característica.

A boa ergonomia no painel continua, com bancos alinhados e volante bem posicionado, e o câmbio MQ200 (manual, com engates curtos) segue aumentando o número de horas extras nos departamentos de engenharia das fabricantes rivais; no caso do automatizado I-Motion opcional (por mais R$ 2.600), apesar de os soluços nas trocas de marchas continuarem, as borboletas atrás do volante garantem um toque esportivo ao Gol (leve, bem leve), forma de, talvez, compensar a fraqueza no câmbio no modo Drive.
O computador de bordo equipado com o sistema Eco Drive (disponível para qualquer versão do novo Gol, independente do pacote Bluemotion) indica o momento correto de se fazer as trocas de marcha e ainda dá dicas ao motorista sobre a hora de fechar as janelas (para diminuir o atrito aerodinâmico) ou o aviso de não pressionar desnecessariamente o pedal do acelerador com o carro parado. Uma boa opção para quem não quer tanta amizade com o frentista do posto.
O motor 1.6 é o mesmo do modelo anterior e nele não houve nenhuma recalibração, ao contrário da versão 1.0, que ganhou novos mapeamento, coletores de admissão e bicos injetores para economizar combustível. Mas isso não é uma crítica: os propulsores da família EA111 com 1,6 litro giram com vontade e o carro tem força de sobra para encarar uma subida de serra.
  • Traseira do hatch ficou parecida com a do Polo europeu, mais encorpada e com visual invocado
Outra boa qualidade do compacto é sua aptidão para curvas. Poucos do segmento são capazes de fazer isso como o hatch. O Gol continua firme e, digamos, o mais esportivo entre os rivais. Se você reler uma avaliação de um Gol 1.6 de um, dois ou três anos atrás verá que tudo isso já foi escrito -- ou seja, ele continua o mesmo após sair do centro de cirurgia estética. E essa é a melhor notícia que poderia existir.
O novo Gol custa a partir de R$ 27.990 (1.0 básico); R$ 31.890 na versão 1.6 de entrada (R$ 34.490 com câmbio I-Motion); e R$ 38.290 na configuração Power (R$ 40.890 a Power I-Motion). Se você é fã do maior vendedor das últimas décadas e procura um carro prático e que ande bem, o Gol 1.6 é a sua pedida.

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