Os desafios da preservação
ambiental, recuperação dos ecossistemas e biomas e reversão do efeito
estufa, que dominaram recentemente a atenção mundial na Rio+20
(Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável), exigem a priorização de produtos e insumos cada vez mais
alinhados a essas exigências. Nesse sentido, um item essencial na escala
produtiva são as embalagens, que acondicionam 70% de tudo o que os sete
bilhões de habitantes da Terra consomem.
Esse dado nos dá a perfeita dimensão do quanto é importante o caráter
sustentável das embalagens. As de papel cartão atendem com precisão a
esse requisito, em especial no Brasil, onde 100% de toda a celulose e do
papel destinados à indústria gráfica provêm de florestas cultivadas. Ou
seja, não se cortam árvores nativas para fabricá-las! Trata-se, ainda,
de matéria-prima renovável, totalmente reciclável no pós-consumo e
biodegradável. Além disso, as florestas cultivadas sequestram enormes
quantidades de carbono na atmosfera, contribuindo para a reversão do
aquecimento global. No Brasil, a área total de floresta plantada é de
5,5 milhões de hectares — 1,7 milhão de hectares destina-se à plantação
de eucalipto e pinus para produção de celulose e papel.
Além de seu caráter sustentável, as embalagens de papel cartão conquistam
de modo crescente a preferência das indústrias de cosméticos,
sabonetes, perfumes, remédios, pastas de dente, gêneros alimentícios e
numerosos outros itens consumidos no dia-a-dia das famílias. Esse
posicionamento deve-se à sua versatilidade quanto aos tamanhos, formas e
espessuras, à ampla possibilidade de inserção de conteúdos informativos
sobre os produtos, alta qualidade de impressão, apelo de marketing e
integração às campanhas publicitárias. Além disso, as embalagens de
papel cartão, por todas essas propriedades, influenciam a decisão de
compra do consumidor no varejo. Ademais, permitem melhor posicionamento
visual nas gôndolas dos pontos de venda.
Há outro fator importante: elas apresentam mais facilidades quanto à
logística e distribuição. Isso é um ganho em duas pontas para os
fabricantes, distribuidores e varejistas: a primeira refere-se à
eficácia e agilidade do abastecimento; a segunda diz respeito à
logística reversa, determinada pela nova Política Nacional de Resíduos
Sólidos. O papel cartão atende de modo mais eficiente a exigência de
recolhimento e reciclagem dos produtos descartados pelos consumidores,
que será obrigatória no âmbito de numerosas cadeias produtivas.
Segundo pesquisa do professor Fábio Mestringer, coordenador do Núcleo
de Estudos da Embalagem da ESPM, há semanas em que se lançam, no mundo,
quase 600 embalagens de papel cartão. Ele reforça a importância disso no
tocante ao marketing e à propaganda, lembrando que 90% dos produtos
vendidos nos supermercados não têm qualquer apoio de comunicação. Ou seja, seus únicos canais de interação com o público são as embalagens, essas sustentáveis aliadas dos setores produtivos.
Por Dieter Brandt, presidente da Heidelberg América do Sul
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