SÃO PAULO – A internet surgiu como uma rede aberta, horizontal e
livre. Mas, hoje, o ambiente virtual está sujeito à regulação – de um
lado, legislações excessivamente restritivas, do outro propostas para
tentar manter as características originais da rede. No meio disso, ficam
os interesses das empresas e dos usuários – e questões como
neutralidade, privacidade e liberdade permanecem no ar.
Há, por exemplo, especulações sobre uma possível tentativa
da União Internacional de Telecomunicações (ITU), órgão da ONU, para
ter um maior controle da internet – esvaziando o poder da autoridade
atual, a ICANN, dos EUA.
O Brasil está participando do debate. O Comitê Gestor da Internet no
Brasil enviou o seu decálogo, carta com dez princípios para a internet, e
foi bem recebido pela entidade. O decálogo tem vários pontos em comum
com o Marco Civil da Internet, legislação em discussão na Câmara que
definirá princípios básicos para a internet no Brasil.
O Link conversou com Demi Getchko, diretor-presidente do
Comitê Gestor da Internet no Brasil e um dos responsáveis por trazer a
internet no País. “A rede tem que ser livre, aberta, não deve haver
censura. A rede deve ser neutra – e a neutralidade é em diversas
camadas”, explicou ele.
Os princípios serão discutidos durante o Fórum da Internet, evento do CGI que acontecerá entre os dias e 5 de julho.
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