sexta-feira, 22 de junho de 2012

Especialista diz que momento é bom para comprar


– Com e economia na compra do carro dá pra comprar geladeira, TV ou aplicar na Poupança.


Que a queda média de 2,6% no preço do carro zero foi representativa em maio não há o que questionar. Pesquisa AutoInforme/Molicar mostra que foi o maior recuo de preços desde 2008. Mas segundo o professor de MBA da Fipecafi, Mário Rodriguez Amigo, que falou à Equipe Resolve, essa condição não deve ser considerada isoladamente, pelo consumidor, na hora de decidir-se pela compra.
Antes de mais nada, é preciso ficar atento ao fato de que a queda foi maior entre as marcas mais populares, ficando entre 5,5% e 6%. Isso reflete a disposição do mercado em conceder descontos mais generosos na compra à vista do que os 2,6% da média. O comprador deve, portanto, ir atrás dessas condições mais vantajosas e não fechar negócio pela primeira oferta que encontrar.
Considerando que a compra de um veículo envolve valores expressivos, de R$ 30 mil, R$ 50 mil ou R$ 80 mil, os descontos de 6% poderiam alcançar, nesses casos, R$ 1,8 mil, R$ 3 mil e R$ 4,8 mil reais, respectivamente.
“São recuos expressivos e o momento é favorável para a compra”, afirma o professor.  Com esse total economizado seria possível, então, adquirir outros bens – geladeiras, tevês – ou aplicar no mercado. Na caderneta de poupança, por exemplo, o rendimento mensal seria de R$ 23,00, pelos  níveis atuais da taxa básica da economia, a Selic.
Mas os descontos por si só não são suficientes para a tomada de uma decisão. Quem tem dinheiro para a compra a vista precisa se perguntar se há necessidade da compra do veículo. Afinal, haverá uma troca de liquidez (dinheiro à disposição para saque) por um produto que se desvaloriza assim que sai da loja. Ou dito de outra forma: esse dinheiro não vai fazer falta para os compromissos assumidos para os próximos meses ou despesas inesperadas?
Se a compra for financiada, a preocupação é com o comprometimento da renda e por um período mais longo. O consumidor tem de calcular quanto a prestação vai comprometer do seu orçamento mensal. “Esse comprometimento não pode ser maior que 35% da renda, para não desequilibrar o orçamento”, diz o especialista.  “A variação entre 30% a 35% da renda é a base que os bancos e financeiras utilizam para liberar um financiamento”, explica.
Além disso, o consumidor precisa estar consciente de que não é só o valor da prestação que ele terá como despesa. Ao comprar um carro zero será necessário prever os gastos também com a documentação – o IPVA, licenciamento, inspeção veicular – e também com as despesas de manutenção, com combustível, troca de óleo, pneu, etc.

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