Um novo desafio para os fabricantes de carros nos
Estados Unidos: pela primeira vez em mais de cem anos, os americanos
estão voltando a morar nas cidades. Dados levantados no último censo
realizado no país mostra que, invertendo uma tendência de muitas
décadas, os subúrbios residenciais estão crescendo menos que as
aglomerações urbanas.
A vida nos subúrbios depende quase totalmente do automóvel – a opção do
transporte público é precária nessas comunidades formadas por casas em
terrenos espaçosos e ruas tranquilas, unidas às cidades por grandes e
boas estradas. Já concentrações habitacionais maiores, junto a áreas de
comércio e serviços, diminuem a necessidade de deslocamento de seus
habitantes.
Jovens lideram tendência - Segundo estudos de urbanistas, a volta
à vida urbana está sendo liderada pelas novas gerações que, para maior
preocupação da indústria, se interessa menos por carros que as
anteriores. Os novos habitantes urbanos também procuram se fixar próximo
a estações de trens, metrô ou terminais de ônibus.
Até hoje não está claro se foi a disponibilidade de carros confiáveis e
baratos que fez os americanos optarem por residir longe dos centros
urbanos ou se o processo foi inverso, com a atração por mais conforto,
tranquilidade e espaço o motor da suburbanização. De qualquer forma, na
década de 1950 o governo americano promoveu um grande programa de
construção de autoestradas, que permitiu aos residentes nos subúrbios se
deslocarem por grandes distâncias entre a casa e o trabalho com
facilidade.
Apesar do aumento da atração pelas cidades ser pequeno – a população das
áreas urbanas cresceu 1,1% ao ano, contra 0,9% de aumento nos subúrbios
– não deixa de preocupar a indústria. Outras pesquisas mostram que,
mesmo nos subúrbios, os jovens estão menos interessados em automóveis, o
que se reflete na maior demora em tirar carteira de motorista quando
atingem a idade necessária.
Propostas alternativas - A mudança no panorama está levando as
fabricantes a procurarem alternativas, desenvolvendo novos conceitos de
transporte individual para o futuro próximo. Entre as alternativas
propostas estão carros para no máximo duas pessoas, grande parte deles
movida a eletricidade.
Outras opções estão sendo descobertas pelos próprios usuários, como os
programas de compartilhamento de carros, que evitam não apenas a
imobilização de grandes quantias para comprar os veículos como despesas
de manutenção e, até mesmo, a necessidade de ter uma garagem em casa.
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