Congresso debate privacidade na internet
Projeto de lei de proteção de dados avança e audiência pública questiona nova política do Google
Tema de um projeto de lei nos Estados Unidos que pretende garantir o
direito individual do consumidor de controlar que tipo de informação
poderá ser coletada, a proteção de dados pessoais na internet também
está em pauta no congresso brasileiro.
Segundo Danilo César
Doneda, coordenador-geral de supervisão do Departamento de Proteção e
Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça (DPDC), o anteprojeto de
lei de proteção de dados pessoais deve ser enviado ao poder legislativo
em breve.
Formulado em 2010 pelo DPDC, o texto foi levado à
consulta pública no ano passado, gerando mais de 800 contribuições. O
projeto prevê, dentre outros pontos, a criação de uma autoridade de
garantia responsável pela execução da política de proteção aos dados.
Em outra frente, na quarta-feira,11, uma audiência pública na Comissão
de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados discutiu as novas regras
de privacidade do Google, em vigor desde 1º de março. O regulamento
único passou a substituir os mais de 60 conjuntos de regras existentes
anteriormente.
Para Guilherme Varella, advogado do Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que participou da audiência, a
unificação das políticas de privacidade dos diferentes serviços do
Google possibilita o cruzamento de dados do consumidor. Ainda segundo
ele, o Brasil precisa de uma lei de proteção de dados dos consumidores,
além de um marco civil da internet, com direitos e deveres de usuários e
provedores.
Já o diretor de políticas públicas e relações
governamentais do Google do Brasil, Marcel Leonardi, disse que a empresa
não vende dados pessoais e que não compartilha as informações sem
autorização do usuário, exceto para cumprimento de ordens judiciais.
A privacidade de dados pessoais na internet também foi tema da coluna Em Perspectiva do jornal Meio & Mensagem. Confira aqui.
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