A curiosidade pode até matar o
gato, como diz o ditado. Mas, tratando-se de criatividade, ela é uma das
principais vitaminas. A curiosidade alimenta o banco de referências do
nosso cérebro, a “biblioteca” onde guardamos as ideias primordiais das
quais partimos, sempre que confrontados com a necessidade de resolver
problemas.
Antes de criativos, Leonardo da Vinci, Thomas Edison, Albert Einstein,
só para citar os exemplos mais fáceis, foram curiosos de mão cheia. Em
seus trabalhos, sempre buscaram estabelecer relações mais estreitas
entre as diversas ciências conhecidas pelo homem. Os produtos destes
criativos, além de promoverem mudanças significativas na vida de todos
nós, acabaram por projetá-los ao panteão de gênios da humanidade.
Infelizmente o nosso sistema educacional ainda aborda as disciplinas do
conhecimento de forma isolada. Ele não incentiva o aluno a percebê-las
além das quatro paredes da sala de aula. Apesar de já existirem
iniciativas do gênero, a busca de uma maior interdisciplinaridade ainda
está longe do ideal criativo, que inicia no estímulo do espírito de
curiosidade em nossos estudantes. Para fechar a conta, o preconceito
acaba matando o gato de vez, se incumbindo de rotular quem percebe as
relações entre as disciplinas como nerd, CDF, bicho estranho.
Ser o primeiro da classe não significa, necessariamente, ser um sucesso
na vida. Mas enfrentar a vida com uma visão ampliada das diversas
conexões existentes entre todos os saberes facilita e muito.
Portanto, a inteligência interpessoal e a curiosidade, ao invés de
matarem o gato, o alimentam, ou melhor, o tornam um profissional
cobiçado por todas as empresas.
Artigo encaminhado por Eduardo Zugaib é escritor, profissional de comunicação e marketing, professor de pós-graduação, palestrante motivacional e comportamental.
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